Ultimamente, apesar do profissionalismo, poucos sorrisos e simpatia tenho recebido dos médicos com quem tenho falado, de poucas palavras e distantes.
Hoje não foi assim.
Um médico extremamente atencioso, conversador, que nos olhou nos
olhos enquanto conversou connosco.É que apesar de tudo, do que vem a seguir, do que já se passou, é importante que cada paciente não se sinta mais um, num rol imenso de doentes a atender, durante as horas das consultas.
Não faz desaparecer a doença, não cura, mas um sorriso e a empatia que se cria faz milagres e transmite-nos um conforto que nos cobre de paz e de fé.
No tempo de espera, que é muito, conhecemos pessoas com problemas idênticos aos nossos, ou não, algumas delas com uma necessidade de partilha tão grande, principalmente, quando se encontram sozinhas, sem qualquer familiar por perto, que os apoie e os acompanhe.
Isso aconteceu com um senhor de Lamego, sozinho,
l o n g e d e c a s a , c a n s a d o d a l o n g a v i a g e m q u e v e z a t é ali c h e g a r, muito ansioso e apavorado, com um medo atroz das palavras do médico na sequencia de mais um exame que fez no início deste mês.Dificilmente me irei esquecer dele e o mais provável é voltar a cruzar-me com ele, quem sabe numa enfermaria, no corredor do hospital, numa outra sala de espera, ou tão simplesmente porque tem a idade da minha mãe e faz anos no dia de aniversário do meu pai, dia 14 de Setembro.
Ele há coincidências, não?
. Caminhos
. Insónias
. Sunset
. Taxa de álcool no sangue!...