A alta.
Depois de um fim de semana cheio de emoções, com visitas inesperadas, surpresas agradáveis, eis que finalmente, hoje vai dormir na sua cama.
As recomendações foram brutais, o rol de medicamentos é demasiado extenso, o controlo é tremendamente apertado e vai ter que se adaptar, por mais que lhe custe.
Alimentos quase proibidos, como o dióspiro, o kiwi e a alface, o preenchimento diário de tabelas com a temperatura, o peso, a tensão e o controlo estreito com a tomada variável da medicação de hipo coagulação oral, deixou-a abananada.
Cartas e relatórios e um documento que a deverá acompanhar, para onde quer que vá.
Apenas uma coisa a confortou, por entre um batalhão de indicações, o facto de ter que caminhar, por pouco que seja por dia, fê-la sorrir, que provavelmente estava com receio de ouvir algo como, repouso absoluto.
Sair de casa, passear de forma gradual, de forma a que lentamente comece a reagir.
A cereja no topo do bolo, para alguém que não consegue estar parada, pelo menos tem a indicação para subir e descer uns degraus, mesmo que um ou dois de cada vez, com ajuda e com uns momentos de descanso pelo meio.
Uma nova etapa, uma nova forma de encarar a vida, de renascer de novo.
. Caminhos
. Insónias
. Sunset
. Taxa de álcool no sangue!...