Na sexta feira, dia 12, e depois dos meninos terem sido convidados a jantar e a dormir na casa dos tios, demos connosco sem nada para fazer.
E agora? Aproveitamos para descançar? Que tal ir ao cinema?
Adoramos o filme, o Dia dos Namorados, rimos bastante e eu ainda chorei umas lágrimazitas, porque afinal de contas, nem tem mal nenhum comemorar este dia, sem consumismos, é claro.
Todos os dias são bons para passearmos de mãos dadas, beijarmo-nos e abraçarmo-nos em público, simplesmente namorar.
Tudo isso aconteceu mas não ficou por aqui, que nós somos muito doidos.
Foi noite de bingo, com duas linhas ganhas pelo meio e umas cervejolas.
Acabamos na discoteca a dançar mas não nos despedimos da noite, sem antes passar pela barraca das Big Bifanas.
Já o novo dia tinha entrado à quase quatro horas.
Há muito que não tinhamos um programa assim, a dois.
Somos pais a tempo inteiro, trabalhamos afincadamente, as responsabilidades e as preocupações insurgem-se a todo o momento e esquecemo-nos de nós proprios.
Esquecemo-nos muitas vezes, que tudo o que temos e o que agora somos, foi porque um dia assim o decidimos, mas não temos que ficar para trás.
Começamos o caminho a dois e assim vamos continuar, remando juntos, tantas vezes contra marés e tempestades.
Na provação crescemos e tornamo-nos mais fortes, sábios, melhores pais, mais completos, mas sempre juntos, lado a lado.
É preciso parar e reconhecer a necessidade no outro.
Ás vezes basta tão pouco, porque um abraço, um olhar, um sorriso, um momento de partilha a dois, é demasiado valioso e necessário, obrigatório.
Assim se constroi um reino e se faz fortuna.
Assim se mantem unida uma família.
Um dia muito animado apesar do frio, muito frio.
O Tiago levou a rosa e o postal para a sua amada.
Durante o desfile levou consigo a sua flor, o que deixou o T. muito orgulhoso.
Infelizmente não assisti às brincadeiras nem ao desfile mas fiz-lhes uma surpresa no final do dia.
Fantasiei-me e brinquei com eles.
Deixei de ser a mãe e brincamos de igual para igual, todos com o mesmo propósito.
Surpreendi-os e deixei-os felizes.
Que uma mãe assim fica toda babada.
Que ricos filhos.
O T. deu o seu melhor.
Dedicou-se com afinco, tudo para surpreender a B.
Recortou, colou, desenhou.
Uma obra de arte.
Foi tudo pensado ao pormenor.
Vai surpreender a sua amada com a ajuda da sua capa de Super Homem.
Eis que no momento certo revela a surpresa escondida atrás das costas.
Hoje podia ter sido um dia como os outros, mas foi o que mais se destacou pela positiva, esta semana.
Começou da melhor forma possível, em família, com um pequeno almoço relaxado, sem gritaria e descontrolo.
Até deu para namorar um pouquinho, imagine-se!
Deixei os meninos na escola depois de muitos beijinhos e abraços e das recomendações habituais.
Almocei com o maridão e passeamos de mãos dadas.
Conversamos calmamente.
Rimos em sintonia e partilhamos ideias.
No final do dia o reencontro.
Jantar em família, com uma birra acesa da C. que teimou em não comer sozinha.
Lavada em lágrimas foi de castigo para o quarto e não jantou.
Por imposição do pai só de lá saiu, depois da birra.
Mas tudo está bem quando acaba bem e o serão foi passado à lareira, na companhia dos meus pais que apareceram de surpresa.
Um dia como o de hoje, feito de coisas simples é sem dúvida, um dia perfeito.
Um dia feliz.
Todos os dias deviam de ser assim.
Os garotos adoram e os adultos também.
A receita é simples e os ingredientes triviais.
Estes foram feitos com farinha integral.
Com imaginação e de acordo com os gostos, podemos ter queques de sabores diversificados.
Para os mais pequenos, queques com chocolate ou com sumo de laranja e nozes, para os maiores, queques com canela e vinho do porto.
Óptimos para o lanche da escola e fechados numa caixa hermética, mantém-se sempre frescos.
Muito bons, toca a comer pequenada.
Deitei-os durante a tarde e acabei por adormecer com eles.
Ou isso ou nada de Ídolos à noite.
Nem pestanejaram e adormeceram rápido.
O primeiro a acordar foi o T. mas a C. acordou já quase à hora do jantar.
À medida que se aproximava o início do programa, esgotava-se a nossa paciência.
Os cachopos estavam eléctricos.
Disse mal da minha vida, vezes sem conta.
Antes tivessem ficado acordados durante a tarde.
Usamos a nossa imaginação, demos-lhes música, brincamos, qual quê, estavam possuídos.
Não pararam um minuto, nem mesmo durante o programa.
Um com perguntas descabidas, a outra dançava em frente à televisão e parecia um papagaio.
Só mesmo a queda do Abrunhosa, mas só por uns instantes.
Já nem valia a pena contar até 10.
Bem fizemos das tripas coração, mas nada.
Prá semana não não ídolos para ninguém!!!!
Tá decidido.
Que se lixe!
Há 39 anos, no dia 7 de Fevereiro, num Domingo de sol, casaram e são muito felizes.
Hoje na companhia dos filhos, do genro, da nora e dos netos.
Nostalgia.
Lembranças.
Recordações
Saudade.
Amar é surpreende-los com um bolo de aniversário e cantar-lhes os parabéns num restaurante cheio de gente.
Amar é recordar com eles.
Amar é deixa-la comer com as mãos e deliciar-se com um saboroso osso de cabrito.
Nasce uma mãe.
Renasce uma nova mulher
Uma nova alma no mesmo corpo
Outra consciência.
Mudança
Amor incondicional
Sem porquês, sem talvez, todos os dias
Nada fica igual
Quando nasce um filho
que me dá abraços fortes e me toca o coração.
Uma mãozinha que cabe dentro da minha.
Uma mãozinha com cinco dedinhos, todos irmãos, baptizados no Castiis, cada um com o seu nome.
Mindinho Chegadinho Pai de Todos Fura Bolos Mata Piolhos
. Caminhos
. Insónias
. Sunset
. Taxa de álcool no sangue!...