Já d
e olho no fim de semana que se avizinha, que promete muita diversão e se não for pedir muito, q u e v e n h a calor com fartura!Assim como o anterior, com banhos de piscina, mangueiradas com brincadeiras à mistura, muitos momentos refrescantes, muitos grelhados, sonecas e muito
, muito descanso.Morangos e framboesas
O frasquinho de doce, oferecemo-lo à avó.
O que sobrou
ficou numa tacinha que era pouco para encher um segundo frasco.Uma combinação perfeita de frutos v
ermelhos, tão saborosos!
A ajuda da minha princesa tornou-se mais preciosa na cozinha, desde que usa o seu próprio avental.
Que cozinheira que se preze não o dispensa.
Vamo-nos entreter a fazer um doce de framboesas e morangos.
Va
m o s l á ver como correm as coisa s .Os ponteiros do relógio seguem o seu percurso, a noite já vai longa e o sono não quer vir.
Aos poucos, os pés vão assentando e de volta ao mundo, à vida que deixei adormecida.
Enquanto portugueses e espanhóis corriam atrás de um sonho, eu esqueci os meus.
Agora sinto-o e percebo como foi bom não ter pensado em mais nada.
Para uns, terminou o percurso, outros, seguem em frente.
O caminho está trilhado, vai-se delineando e a planta dos pés está fria, que me encontro descalça.
Sem pressas, para não tropeçar nem me magoar.
Que se por um lado existe uma sensação de alívio, quando caminhamos descalços, um bom calçado também dá todo o apoio que o corpo precisa e o risco de nos magoarmos é bem menor.
Pudesse eu chamar o sono e continuar descalça por algum tempo, largas horas, até que tu chegasses e me levasses ao colo para uma praia de areia branca.
Pudesse eu pensar assim, que esperava o tempo que fosse preciso, só para não ter que me calçar.
Depois do jogo e se Portugal ganhar, vamos à rua comer um gelado, disse-lhe eu.
Melgou-me o tempo todo, mas a coisa só começou a descambou a sério, depois do golo.
Eu que abomino futebol, transformo-me quando joga a selecção e vai daí não desgrudei da frente da televisão, aproveitei o intervalo para comer um prato de sopa e mais nada.
O nervosismo foi aumentando e se não fossem os tremoços, eram as gomas ou as bolachas, assim sendo fiquei-me pelos tremoços.
Um a um, foram desaparecendo e quando dei por ela também tinha comido as cascas, dá para acreditar?
Espero que sejam como a maça e pêra, que é na casca que estão as vitaminas.
E depois do jogo quem precisou de ar fresco fui eu e lá fomos à rua.
Uma noite quente, ainda os cafés estavam à pinha, cheios de gente descontente e enfurecida com o Queirós e com o Ronaldo e o resto já não percebi, que quando a conversa se torna mais técnica, eu arredo pé.
Podia ter sido a noite perfeita, podia, mas rendi-me à minha princesinha que quem está a precisar de um abraço forte é o mais velho, que chorou, quando Portugal começou a perder, disse-me a avó. Coitadinho do meu menino!
Já passou, reflecti e tal, mas houve um tempo, ainda a C. era pequeninita, eu queria muito ter tido um outro filho.
O moreno disse logo: não contes comigo!
Ainda insisti durante algum tempo, passou, ás vezes ainda penso nisso, mas se fosse hoje, agora e eu tivesse outro filho chamava-lhe Eduardo!
Pronto era só para dizer isto.
O Eduardo e o Fábio Coentrão foram claramente os heróis da noite, que com toda a garra defenderam as cores nacionais.
Ao minuto 57 perdemos tudo, MAS AINDA ASSIM, ESTÃO DE PARABÉNS.
O Eduardo fez o possível e o impossível pela nossa selecção e fiquei com o coração ainda mais apertado quando o vi a chorar depois do apito final.
O Queirós devia ter levado com uma vuvuzela naquele costado quando tirou o Hugo Almeida do campo.
O Cristiano Ronaldo andou por ali, que eu realmente o vi, mas esqueceu-se de que estava ali para jogar e não para posar para as câmaras, que até deve ter sido o nome que menos se ouviu, durante todo o jogo.
Deve ter sido
da branca que teve logo no início, quando nem sequer a boca abriu para cantar o Hino, o nosso, que se calhar até pensava que estava a jogar pela Espanha.E mais uma vez, o Eduardo esteve tão bem, a sério.
Parabéns aos espanhóis, que mereceram a vitória e que me desculpem aqueles que percebem mesmo de futebol, ao contrário da minha pessoa, mas acho esta opinião não anda muito longe do que realmente aconteceu
.Se há coisa que ele sabe fazer muito bem, é nunca estar calado!
Vai daí que me pergunta se sei em que dia é o último jogo do mundial, com a certeza de que eu iria errar à resposta, sabendo ele que o futebol não me diz quase, quase nada.
- Não tenho a certeza, mas acho que é dia 10 ou 11 de Julho! Disse-lhe.
- Não, mãe, é no dia 26 de Julho! Erras-te!
- Filho, pode não ser no dia 10 ou 11, mas garanto-te que a 26, não é de certeza.
- Vai uma aposta, mãe?
- Porque não? Se perderes, ficas dois fins de semana inteirinhos sem ver televisão e para mim qual é o castigo?
- Fazes canja de galinha na sexta-feira!
E com esta esta resposta ele já nem merecia castigo, o pobre deve andar desconsolado, coitado e provavelmente até podem pensar que está mal nutrido e passa necessidades....
E depois quando lhe liguei durante o dia, que está na avó, agora que as férias começaram, disse-me tristonho:
- Ganhas-te a aposta, mãe.
- Deixa lá, ficas sem bonecada durante dois fins de semana, mas a canja, faço-a na mesma, que dizes?
- Fixe!
E é por isto, que ás vezes acredito que estou no bom caminho, que me podia ter pedido outro tipo de coisas e reclamado, mas não!
Perdeu e continuou contente.
Um abanão, um medo infinito foi o que senti.
Como se pudesse de alguma forma, passar por cima do inevitável.
Assim, quando queremos que aconteça depressa, mas ao mesmo tempo, dávamos tudo para que não acontecesse.
É angustiante e a partilha e o desabafo fazem-me bem, mas não com qualquer um.
As agruras da vida, a decadência das relações humanas, as aproximações mal intencionadas, fez-me mais selectiva.
Muito mais selectiva e exigente.
Não ando em cada esquina a levar e a trazer, a dar Água sem caneco. São expressões da minha mãe e são as atitudes mais correctas e que faço questão de preservar.
Mas preciso de conversar, de desabafar e de sentir que quem me ouve, está realmente ali e não se perde uma única palavra.
Felizmente ainda há pessoas assim, dispostas a ouvir-nos de forma incondicional.
Ontem trouxe uma mão cheia de afectos e coloquei-os no peito, porque me fizeram chorar, que as lágrimas precisavam de explodir.
Ouvi os seus conselhos e trocamos experiências, muitas.
Outras, ouviram-nos antes e de coisas banais que falamos não se esqueceram, como a D. Celeste, que ontem me trouxe beterrabas, porque sabia que gostamos, principalmente o meu marido que adora.
E quando as arrancou da terra, lembrou-se de nós! Disse.
E vai ser em grande, diz, que no final até vai ter uma surpresa adicional.
Preparamos algo de diferente como prendinha, o pai imprimiu as fotos e a ideia de as colocar num porta fotografias caiu por terra, porque as fotos não têm tamanho standard.
Ele queria oferecer algo especial e corremos um montão de lojas à procura de algo.
Depois de entrarmos numa loja de bijutarias, nunca mais tirou os olhos dos anéis, que lhe expliquei que eram muito adultos além de serem enormes.
Estava de rastos, o rapaz que não conseguiamos encontrar nada que agradasse.
Depois de muito procurar, para desespero do pai e da irmã, fartos de correrem atrás de nós, decidimos comprar um fio de prata lindíssimo com um pendente muito mimoso.
Lá veio ele, tranquilo e agora só falta a dedicatória, que lhe vai escrever numa das fotos.
Afinal é a Bia, a namorada, a companheira de brincadeira, de estudo, da camioneta, nas viagens entre a escola e a cantina.
Que vai para outra escola, que vai para o 5º ano e vão deixar de se ver, pelo menos todos os dias.
São grandes amigos, nutrem um grande carinho um pelo outro e isso é inegável.
. Caminhos
. Insónias
. Sunset
. Taxa de álcool no sangue!...