Hoje os meus filhos foram cedíssimo para a caminha e já estão a dormir há imenso tempo.
O pai deu banho, vestiu-lhes o pijama, juntos distribuíram os chocolates pela Árvore de Natal e depois aconchegou-os.
Felizmente que não se aperceber
a m que o pai acabou por saiu a correr, a f l i t o , para ir ajudar o avô m a s q ue entretanto já voltou.Ontem à noite, o serão foi passado a quatro e porque um dia não são dias, de
itamo-nos tardíssimo mas nem por isso lhes chegou o sono, que viram o filme até ao fim , sem pestanejar.Um filme que recomendo, p
ara quem ainda não viu.Adoramos!
Muito giro!
Qualquer profissão merece o meu respeito, qualquer uma, mas há aquelas profissões que por razões diversas, ou porque são mais arriscadas, ou de cariz humanitário, ou perigosas, duras, merecem um respeito de dimensões superiores, confesso.
A pesca é uma delas.
O meu pai é pescador, é um homem muito trabalhador e não conheço, com toda a franqueza, nenhum que se lhe compare.
Um homem reservado, de poucas falas, muito observador, simpático e educado.
Quando sente que o ouvem, transforma-se e torna-se num contador de histórias na primeira pessoa.
Não sou suspeita, porque quem o conhece sabe que trabalha de sol a sol, com paixão e devoção.
A pesca é uma herança, que passou de geração para geração e claro que o meu pai seguiu as pisadas do meu avô Luís e onde está, quando o vê, orgulha-se imensamente do filho, eu sei.
Amar o mar é amar a própria vida e ele ama o mar.
Um homem extraordinário e lutador de que me orgulho muito.
A pele áspera das mãos calejadas pelas redes, a face queimada do sol e gretada pelo vento frio.
E o mar que dá também tira.
O mar que põe o pão na mesa, também mata e destrói.
“A Flor da Aguda”, como foi baptizado e como é conhecido, hoje apoquentou a alma do meu pai e depois de ter sido engolido pelas águas, conseguiu ser resgatado, puxado pelo guincho e a ajuda preciosa dos outros pescadores.
O mar que dá o sustento também dá a fome, também atraiçoa.
Depois de ancorado na areia, não tiveram mãos a medir, para devolverem ao mar a água que o fez afundar-se.
De baldes na mão, foram tirando toda a água que conseguiam no menor espaço de tempo possível.
Todos ajudaram e numa altura destas, todos se unem e o pescador não fica só.
Completamente encharcados numa noite tão fria como esta.
O prejuízo há-de ser grande, que se perderam as redes, o alador não funciona assim como um dos motores.
Outros utensílios e apetrechos ficaram perdidos no fundo do mar.
O mar que dá também tira e hoje tirou-nos muito.
Dias virão, sem faina, sem ganha pão, enquanto tudo não estiver operacional.
O camarão vai ter que esperar.
O meu pai está bem, que não vive de braços cruzados e só há-de descansar quando o barco regressar ao mar.
Será quando Deus quiser.
Nunca fui muito jeitosa no que toca a trabalhos manuais, para grande pena minha, diga-se.
Demorei para cima de um montão de tempo, a preparar esta cestinha de morangos, mas no final o trabalho deixou-me orgulhosa.
A minha moranguinha doce, foi muito contente para a escola distribuir morangos pelos amiguinhos.
Prestes a fazer aninhos, este ano, estamos numa de personalizar tudo o que podermos.
A ver vamos como corre o resto.
Para a confecção do bolo as espectativas são elevadas, bem elevadas, e se não sai bem, é o bonito.
Nunca roeu as unhas mas já por diversas vezes ganhou inflamação à volta de uma ou outra unha das mãos.
Levanta os sabugos, ora com a boca, ora com as mãos e desta vez voltou a ganhar infecção.
Já tem pûs num dos cantos da unha, o dedo está ruborizado, claramente a evidenciar a infecção a que está sujeito e a pequena insiste em enxotar a pomada antibiótica que lhe colocamos.
O dedito está feio e há semelhança do que já aconteceu no passado, vai demorar a curar o dói-dói, vai, vai.
Ontem, quando cheguei a casa, já estavam todos à minha espera.
Uma casa cheia, como se quer.
O moreno, de volta do lume, a assar um bom naco de carne, todo ele geladinho, que o frio não estava para brincadeiras, enquanto os maninhos estavam a ver televisão.
Os dois, enrolados na mantinha, bem juntinhos e tão sogaditos, mas tão sogaditos, que fui a correr enchê-los de beijos.
Cheguei-me ao pé deles e abracei primeiro o T e dei-lhe um valente beijo.
Abracei a C. e disse-lhe que a amava.
- Mãe, mas não amas de beijo na boca, pois não?
- Não, é amor de mãe, é diferente. Mas amo-te, sabes disso, não sabes?
- Ahhh!
Esclarecidas, tá?
Pois que a Excelentíssima Senhora Doutora Helena André até admitiu, as taxas elevadas de adesão à greve geral na função pública e nos transportes.
E no fundo todos sabemos que nada, nesta greve foi novidade , nem mesmo o facto dos números da senhora ministra não corresponderem aos números apresentados pelos sindicatos.
E a Senhora Ministra foi mais longe dizendo que a taxa de adesão à greve foi muito reduzida no sector privado e bem mais elevada na administração pública e no sector dos transportes.
E parece-me que nada mudou depois da greve e que se calhar o descontentamento vai continuar.
Quem se propõe a uma greve, obviamente está a demonstrar o seu desagrado, mas essa demonstração, dizem alguns, que só faz sentido, se aliada a contestações e manifestações.
Essas, fazem-se na rua, aos olhos de todos e não no sofá, ou numa sala de cinema ou num qualquer centro comercial.
Se calhar o impacto teria sido maior e talvez o país tivesse realmente parado, dizem.
Que bem que sabia um livro e um cavaco na lareira, no quentinho da sala com o sol a bater na vidraça!
Foto retirada da internet
Quando está frio no tempo do frio, para mim é como se estivesse agradável,
Porque para o meu ser adequado à existência das cousas
O natural é o agradável só por ser natural.
Aceito as dificuldades da vida porque são o destino,
Como aceito o frio excessivo no alto do Inverno —
Calmamente, sem me queixar, como quem meramente aceita,
E encontra uma alegria no fato de aceitar —
No fato sublimemente científico e difícil de aceitar o natural inevitável.
Que são para mim as doenças que tenho e o mal que me acontece
Senão o Inverno da minha pessoa e da minha vida?
O Inverno irregular, cujas leis de aparecimento desconheço,
Mas que existe para mim em virtude da mesma fatalidade sublime,
Da mesma inevitável exterioridade a mim,
Que o calor da terra no alto do Verão
E o frio da terra no cimo do Inverno.
Aceito por personalidade.
Nasci sujeito como os outros a erros e a defeitos,
Mas nunca ao erro de querer compreender demais,
Nunca ao erro de querer compreender só corri a inteligência,
Nunca ao defeito de exigir do Mundo
Que fosse qualquer cousa que não fosse o Mundo.
Alberto Caeiro, in "Poemas Inconjuntos"
Acho que a moda pegou e veio para ficar.
Trinta minutos de ginástica, num circuito em que damos 3 voltinhas ao ginásio minúsculo e ouvimos vezes sem conta aquela voz irritante a dizer: TROCA!!!!
Confesso que preciso de mais algum tempo para que a habituação seja perfeita, aliás, não sei se alguma vez será.
O conceito pode ter tudo para dar certo, mas ainda assim, irrita-me ter que me mexer ao sabor de uma voz que não conheço, é que corro o risco de ficar para trás e ser atropelada por uma menina gulosa, mortinha por alapar o rabinho naquela máquina engraçada que tonifica a coxinha.
Lá está, não fosse aquela voz irritante, eu assentava arraiais, assim tenho que dar à perninha, bem depressinha ou habilito-me a fazer só metade dos exercícios em cada máquina.
O TROCA, é como quem diz, "ANDOR" ou "SE NÃO FIZESTE, TIVESSES FEITO" ou "AGORA, SÓ NA PRÓXIMA RODADA".
Ás duas por três, acho que isto é um poucochinho stressante, daí, ter mesmo que interiorizar este espírito para poder ir e relaxar, ao invés de me irritar com a voz, aquela voz, que me dá ordens.
. Caminhos
. Insónias
. Sunset
. Taxa de álcool no sangue!...