Já quase contra a manhã apareceu no nosso quarto e deixei-a ficar connosco. É que tinha que me redimir da minha falha, do meu esquecimento.
- Mãe, não deste o beijo nem fizeste o nó! Disse. E tive que dar a mão à palmatória e pedir-lhe desculpa.
Deitaram-se sozinhos e combinamos que quando assim é, passo no quarto deles para lhes dar um beijinho e faço um nó no lençol para saberem que passei por lá e que os aconcheguei. E ontem à noite esqueci-me, fiquei no choco a ver televisão até tarde e foi o pai que supervisionou antes de nos deitarmos. É que eles não se esquecem de nada. Têm uma memória de elefante.
Isto, ou sopas e descanso. Que a minha voz escafedeu-se, a garganta arranha e o pingo no nariz não para de espreitar.
Agora tenho que ficar quietinha à espera que passe e os miúdos que acham tanta graça, é que assim sem voz não lhes posso grazinar aos ouvidos.
Bom fim de semana.
Da morte não há muito a dizer, que as há anunciadas é certo, mas apanham-nos sempre de surpresa, vêem pela calada.
Eu tenho medo da morte, penso nela muitas vezes, se é que me posso dirigir assim a esta coisa macabra, mas mais certa que tudo.
Medo da morte, de uma doença e sou um bocado paranóica, do tipo de sofrer por antecipação, seja comigo ou com os outros.
Nestas duas ultimas semanas muito se tem falado de doenças e morte aqui por estas bandas. E daquelas doenças silenciosas que chegam sem avisar e batem à porta daqueles que aos nossos olhos nos parecem as pessoas mais saudáveis que conhecemos.
Amigos, colegas de trabalho, professores, familiares e espero que não seja um mau presságio e que esta onda passe depressa e que aqueles que se encontram doentes melhorem rapidamente, mas rápido mesmo. Que recuperem das enfermidades e que se abra a porta da vida, raiada de sol e de esperança.
No fim de semana, alinhamos num jantar diferente e foi assim que conhecemos "O retiro da Transmontana".
E as batatinhas estavam optimas e a carne, muito macia a saborosa.
Vale a pena alinhar neste tipo de projecto que nos dá a conhecer a gastronomia local a preços bastante acessíveis.
Não me chateia beber uma garafa de litro e meio de água ou de chá. Nadinha.
O que me irrita é ter que ir à casa de banho vezes sem fim e na alturas mais impróprias. Hoje durante a tarde, em plena viagem de carro, não consegui aguentar e tive que procurar uma casa de banho. E como não conhecia bem o sítio e porque aquilo era uma emergência, qualquer café servia. Não estive propriamente à procura de um salão de chá, onde pudesse comer um scone e acompanhar com um cházinho.
E só tive tempo de estacionar, que a minha bexiga estava quase a rebentar e respirei de alívio quando vi aquele enorme toldo vermelho, que a bem dizer é sinónimo de café.
E aquilo foi numa questão de segundos, que tão depressa me aproximei das vidraças como pus o pé na porta e entrei... no talho. Deu-me uma vontade brutal de me rir, mas era bem capaz de molhar as calcinhas e de me acharem maluquinha. Também não dei o flanco e não perguntei pelo cáfe mais próximo, perguntei se tinha fiambre de peru.
Alívio, de peru não tinha e eu saí sem perder tempo à procura de um café e entrei num, sem toldo de cor nenhuma. Que raio me ocorreu para associar um café a um toldo vermelho?
Por acaso era um talho, podia ter sido uma Sex Shop e aí pedia o quê?
Já lyoncificas-te o teu nome?
Não há como perder a oportunidade de mudar de nome, assim muito mais giro, muito mais original e com direito a música e tudo!
Se queres ser mediático e não gostas do nome que tens, lyoncifica.
Não é cá em casa. Pelo menos é esta a opinião do mais velho.
Que as torradas sabem bem, mas é com aquelas manteigas os margarinas do café.
Essas é que são gostosas e comer pão com manteiga cá em casa, vai no batalha.
Como está de castigo, ou como eu o quis castigar, pão para a escola só com manteiga, durante toda a semana, desta cá de casa, sem sal, da que ele não gosta, que é o que há.
Se não o quisesse, que oferecesse o pão, que o emoldurasse que eu não me importava.
Na segunda feira não o comeu durante o dia, só quando o fui buscar à escola.
Na Terça feira já o tinha comido no intervalo.
- Afinal já estou a aprender a gostar da tua manteiga! Disse.
Eu chamo-lhe fome, vá, ele com certeza dá-lhe outro nome.
. Caminhos
. Insónias
. Sunset
. Taxa de álcool no sangue!...