Flor que não dura
Mais do que a sombra dum momento
Tua frescura
Persiste no meu pensamento.
Não te perdi
No que sou eu,
Só nunca mais, ó flor, te vi
Onde não sou senão a terra e o céu.
Fernando Pessoa
O mês de Março já em jeito de despedida, não nos podia ter dado um dia mais agradável que o de hoje. Muito sol e calor, um dia de muita luz, francamente convidativo a longas caminhadas ou a um passeio em família.
Hoje vamos ao parque depois da escola.
O Monte das Pedreiras tem um parque infantil e uma zona relvada muito apetecida em dias como este. E é lá que vamos lanchar, que já preparei a merenda: Bolo de iogurte!
Tantas receitas e acabamos por repetir a mesma vezes sem conta, é o que acontece com este bolo, que o faço desde sempre e só o aroma do iogurte varia.
Não há como perder tempo, que o sol espera por nós. É lá fora que as brincadeiras acontecem.
Agora é deixar entrar Abril, a ver o que nos reserva e esperar que o ditado " Abril águas mil", dê tréguas e não se cumpra na integra.
Venha o sol, que já é muito bem vindo.
2 iogurtes de aromas
3 medidas de açucar (copo do iogurte)
3 medidas de farinha
1 medida de óleo
1 colher de café de fermento
4 ovos
Juntam-se todos os ingredientes e mexe-se bem até obter uma massa homogénea.
Vai ao forno, já pré-aquecido a 180º cerca de 30-40 minutos.
Um dia que se salvou, que se os há de contrastes, o de hoje foi exemplo disso.
De manhã bem cedo já estava numa clínica para ser submetida a um exame radiológico aos rins, mais propriamente uma urografia intravenosa, que evidencia eventuais anomalias estruturais ou funcionais, ou tão somente a localização de um cálculo que se deslocou mas acabou encravado algures. Uma sequência interminável de raio-X que entre intervalos e bate chapas, passaram mais de 3 horas. Um terror de que não estava à espera, como se já não bastasse a preparação do dia anterior que me deixou encharcada em água, depois de tantos litros bebidos com uma mistela horripilante.
Da manhã, que arrastou os minutos e fez parar as horas. Da manha que sacaneou o relógio e o fez perder-se, renasceu uma tarde sem tempo.
Uma tarde de passeio que marcou o compasso a um ritmo normal que eu quase não senti. Mas sei que o tempo passou por mim, que esbarrou no relógio e fez avançar os minutos, mas depois passaram ao lado. Uma tarde de chuva que perdoei, porque me enfiei num centro comercial que há muito não visitava e andei de loja em loja, descontraída, tão relaxada e observadora. E foi tão bom, que ás vezes sabe bem andar perdida no meio de tanta gente!
Se agora é primavera
Logo já será Verão
Tudo azul na imensidão
Mas Outono já espera
No amarelo que lhe dera.
O Inverno perde a cor.
Como se a mão de um pintor
Decorou tudo em luto
Morre a flor e nasce o fruto
No lugar que tinha a flor.
"Camélia"
Um doce pecado. Um desejo. A cama perfeita de uma cereja numa almofada de coco.
Para 12 quindins
2 ovos inteiros
2 gemas
160gr de açúcar
25gr de manteiga
50gr de coco ralado
1 pitada de sal
Manteiga e açúcar para untar
Misturar os ovos, as gemas, o açúcar, a manteiga e o sal. Mexer energicamente. Juntar no final o coco ralado e deitar o preparado nas forminhas, sem encher até cima.
Leve ao forno médio em banho-maria durante 20 minutos.
E foi assim que nos despedimos do fim de semana, de rabinho alapado no sofá.
Não foi o filme que mais amei, mas os miúdos riram-se à brava e isso fez com que tivesse valido a pena.
Quanto mais não seja pelo programa em família, pelas gargalhadas dos dois e da boa disposição de todos.
No passado dia 20 de Março, realizou-se na Cidade de Amarante, a Taça de Portugal de Slalom, que contou com perto de 100 participantes e nós estivemos lá, a apoiar a Nabância, o nosso clube.
Um dia marcado pela boa disposição e pelo sol que apareceu com força.
Inicialmente o bolo foi pensado com outros ingredientes e era o Bolo da Leonor que eu pretendia recriar.
A massa foi feita conforme a receita mas ao ver-me com falta de tempo acabei por utilizar o ananás para efeitos de cobertura.
O caramelo é caseiro, feito na hora, claro. Compreendo que seja mais rápido utilizar o caramelo de compra mas o sabor e a diferença de preço, são significativos.
Um bolo saboroso, simples e a massa fica mesmo muito fofa.
Um destes dia termino a tarefa e faço o Bolo da Leonor na integra.
Aos poucos os desejos para este ano vão-se concretizando. Uns de anos anteriores, outros mais recentes, alguns mais simples e de fácil concretização, que apesar de tudo foram ficando na gaveta das improbabilidades.
Hoje pôs mãos ao caminho e sim foi mesmo mãos, porque foi assim que abriu passagem e desbravou-a. Ficou muito mais fácil o acesso ao rio que fica aqui perto de casa. Uma represa e um moinho antigo, desactivado, fazem parte do cenário.
Ainda há muito a fazer mas está perto de se concretizar o desejo, de tornar possível os treinos de caiaque por entre brincadeiras e grandes momentos de lazer.
. Caminhos
. Insónias
. Sunset
. Taxa de álcool no sangue!...