O presente do dia da mãe, melhor dizendo, os presentes que vou receber no dia da mãe, estão quase prontos! Desde ontem que têm trabalhado imenso para que na sexta feira os possam trazer para casa. Tarefa árdua, não a de terminar os presentes, mas o facto de terem que guardar segredo. Essa é mesmo a parte mais difícil. E querem muito contar e levantam uma pontinha do véu e se não sou eu a travar a conversar, eles deslizam. E é bom senti-los empolgados, felizes. Os presentes dos nossos filhos são tão valiosos!
Ontem vi-te,
na berma das estradas por onde passei,
voluptuosamente vestida,
sorridente ao vento que contigo dançava!
Ontem vi-te,
majestosa Raínha dos campos do meu coração!
(poema retirado da internet)
Aqui por estas bandas não são muito conhecidas, mas descendo ali para o centro, adoçam a montra de uma qualquer pastelaria.
Compramos em Tomar as tigelas próprias para a sua confecção e experimentamos. E o desejo de as fazer no próprio dia teve que ser retardado por 24 horas, que antes da primeira utilização têm que ficar de molho, submersas em água. Um segredo revelado.
Não sei sequer, se posso chamar falta de inspiração a este estado de espírito.
A vida não para, a labuta diária continua, as peripécias com os filhos são mais que muitas, mas a vontade de escrever escondeu-se na sombra da preguiça.
No meio de tantos acontecimentos que brindam a própria vida, a falta de capacidade para escrever o que quer que seja, tomou-me de assalto.
O amor que anda no ar, que há quem esteja muito feliz e tenha encontrado a sua cara metade. Casamentos na família. Bebés que estão quase a chegar. Planos e mais planos. Novas etapas. Novos caminhos. Passeios, fotografias e até novas receitas.
E os dias avançam, o sol brinda-nos pela manhã, quando lhe é permitido dar um ar da sua graça e este estado de mandriice não deve ser defeito, e o que não é defeito é feitio. Deixá-lo ir quando lhe apetecer. Até porque não não me parece que haja muito a fazer.
E o que é bom acaba depressa.
Quatro dias do melhor! Uma visita à terra.
Família. Amigos.
Passeios. Namoro.
Chuva. Sol. Doces.
Brincadeira. Campo.
Amêndoas. Cabrito assado.
Praia. Compasso.
Arroz doce. Leitura.
Descanso. Gelado de coco.
Arroz de pato.
Filmes. Sofá.
Do bom e do melhor!
Em cheio!
No meio do meu jardim
Dessa rosa cuida eu
Quem cuidará de mim?
De manhã desabrochou
À tarde foi escolhida
Pra de noite ser levada
De presente a minha amiga
Feliz de quem possui
Uma rosa em seu jardim
A minha amiga com certeza
Pensa agora só em mim
Quando sopra o vento frio
E o inverno gela o jardim
Eu tenho calor em casa
E fico quietinho assim
Feliz de quem tem o seu teto
Pra ajudar a sua amiga
A fugir do vento ruim
Que deixa gelado o jardim
(Jards Macalé e Bertold Brecht - sobre a tradução de Augusto Boal)
E os ovos caseiros nesta altura fazem toda a diferença. E é quem mais chama por eles!
Ele é o Folar da Páscoa, a Regueifa doce, o Pão-de-Ló, a Lampreia de ovos e os ovos moles. E é por causa destes queridos que os bolos ficam tão amarelinhos, para além de saborosos, claro!
Com muitas amêndoas e ovinhos da chocolate.
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