Quarta-feira, 29 de Fevereiro de 2012
O tempo passa a correr, as 24 horas do dia não chegam para tanta coisa que temos sempre que fazer. Ás vezes também gastamos o nosso tempo a fazer nada e eu também gosto disso. Entretanto o tempo passa e os dias adiam contactos com amigos e vamo-nos isolando. E quando olhamos para trás passaram-se meses. Hoje tirei a barriga de misérias, não matei a fome por completo, mas liguei para amigas cuja voz não ouvia há muito tempo. E não liguei a todas, pois claro, que entretanto se meteram mais umas quinhentas coisas pelo meio, mas fiquei feliz por o ter feito. E que desculpas podemos dar? Que custa um telefonema? Que tempo nos faz perder? Vale a pena parar. É importante parar. É necessário e quando pensamos que vamos perder tempo, estamos a ganhar em dobro. Há minutos do nosso dia que podem transformar o nosso estado de espirito e tornar menos pesado, o nosso fardo. E basta uma voz amiga, uma gargalhada, um simples olá!
Terça-feira, 28 de Fevereiro de 2012
Pois que o mês de MARÇO se aproxima a passos largos. Março com letras gordas. É a primavera que chega, temos a comemoração de datas importantes, como o Dia do Pai e o aniversario do moreno e o nascimento da nossa princesinha. Vou ser uma tia babada e estou ansiosa por a conhecer, estamos todos. Há-de ser um mês em grande, há-de ser!
Já dormem ao meu lado. Aninharam-se. Ela no meio e ele no lugar do pai. Aconchegaram a almofada e ela enroscou-se em mim. Apoderou-se da minha mão e ambos adormeceram de repente. O quarto está escuro e eles dormem tranquilos numa respiração compassada. E vão permanecer imóveis durante muito tempo. O primeiro sono, pesado, profundo. E as arrelias esquecem-se naquele momento. O que ficou para lá da porta, ficou mesmo na rua. Aqui respira-se tranquilidade, num sono reparador e reconfortante.
Nos últimos tempos, passam-se semanas inteiras em que não visto calças. Só saias ou vestidos. Ora o risco que corro de rasgar umas meias, supostamente é grande e foi por isso que um destes dias dei por mim a pensar, que há muito tempo isso não acontece. Aconteceu. E pela segunda vez consecutiva. Ontem, pretas, hoje da cor da pele. E se há coisas que me irritam sobremaneira, esta é uma delas.
Há noites que parecem não ter fim. A nossa sala torna-se grande demais quando não a partilho contigo. A televisão desligada e a lareira apagada. O sono comprometeu-se chegar mais cedo. Sei que a cama está fria e a tua companhia tarda. O teu abraço demora e a espera pesa-me na alma. Como diz a música: Eu dava tudo para te ter aqui. Ao pé de mim!
Se chorar, em vez de te confortar com uma palavra que seja, não é porque não tenha nada para te dizer. As palavras são efémeras e o meu coração acredita que aquela estrela vela por ti. E tudo vai correr bem, queremos todos acreditar que sim. Mas se isso não acontecer estamos aqui, como temos estado sempre, uns para os outros. Nos bons e nos momentos menos bons. Chorar não é mau, deixarmos transparecer a nossa preocupação e a tristeza é normal. Mas o sorriso que não se apague com a dor. Que o medo não abafe os teus dias e te impeça de ser feliz. Ás vezes já o somos, sem compreender a verdadeira força e significado desta palavra. O meu pensamento está contigo e tu sabes que hoje estas palavras são para ti!
É incrivelmente impressionante a luta que um ser humano trava para atingir um determinado objectivo, mas depois de o conseguir não se sente suficientemente preenchido. É assim que percebe que esse não é o seu verdadeiro caminho?