Há dias que passam devagar, como o de hoje, ainda que os segundos guardados no tempo de um minuto, sejam iguais a ontem.
O dia viu nascer a manhã, viu crescer a tarde e apaixonou-se por nós. A noite deitou-se no mar dos teus olhos, que se perderam no silêncio das nossas palavras. Compreendes-me quando não digo nada e delicio-me com as tuas mãos que deslizam pelos fios do meu cabelo. Passeio-me pela cumplicidade dos teus abraços e pela brisa da tua voz. Assim adormeço e assim me vês.
"Tomar
Eram amigos. Desapareceram terça-feira. Um deles regressou à terra. Foi preso pela PJ. É suspeito de matar o outro. CM conta tudo."
Ainda incrédula com a notícia. Praticamente tudo está por esclarecer. Uma certeza porém, a morte levou um amigo e não há palavras para tanta dor!
Quem bebe, rosa, o perfume
Que de teu seio respira?
Um anjo, um silfo? ou que nume
Com esse aroma delira?
Qual é o deus que, namorado,
De seu trono te ajoelha,
E esse néctar encantado
Bebe oculto, humilde abelha?
- Ninguém? - Mentiste: essa frente
Em languidez inclinada,
Quem ta pôs assim pendente?
Dize, rosa namorada.
E a cor de púrpura viva
Como assim te desmaiou?
e essa palidez lasciva
Nas folhas quem ta pintou?
Os espinhos que tão duros
Tinhas na rama lustrosa,
Com que magos esconjuros
Tos desarmam, ó rosa?
E porquê, na hástea sentida
Tremes tanto ao pôr do sol?
Porque escutas tão rendida
O canto do rouxinol?
Almeida Garrett, in 'Folhas Caídas'
Hoje já vi o sol brilhar num céu azul límpido. Não estava a contar com um dia assim, primaveril, mas aconteceu. Diz que em Lisboa já choveu a cântaros e há medida que a noite se vai aproximando também o céu vai escurecendo e como está a ficar negro, negro. Tenho para mim que a chuva está a chegar! Não é que chegou mesmo? Já a ouço a dançar na rua!
. Caminhos
. Insónias
. Sunset
. Taxa de álcool no sangue!...