Diz, que a Praia Fluvial do Penedo Furado, em Vila de Rei, está entre as finalistas no concurso 7 Maravilhas – Praias de Portugal.
Já lá não íamos há uns bons quatro anos e hoje decidimos lá voltar. Agosto é sinónimo de muita gente em todo o lado e a praia estava cheia. Ainda assim valeu a pena, claro! Esteve muito calor, perto de 40ºC, como eu gosto. Muitos mergulhos, banhos com fartura, churrasco à maneira e passeios a pé, que as piscinas naturais estão escondidas.
A cidade de Tomar mudou muito nos últimos anos. Nos últimos quinze anos, cresceu, há quem diga que evoluiu, ou que entristeceu. Há quem diga que todas as mudanças são fruto da evolução. Locais que me eram tão familiares, deixei de os reconhecer, outros deixaram simplesmente de existir. Outros estarão intactos, iguais. Como o bar Casablanca. Ontem, depois de deixarmos os miúdos na casa da tia, percorremos a cidade a pé. A noite estava agradável e acabamos no Casablanca a beber um copo. Mais vazio que o habitual, afinal estamos em Agosto e o pessoal está de ferias. Os estudantes estão nas suas terras. Mas quando a porta se abriu recuamos no tempo. Mais de uma década. E foi tão bom!
O livro comprei-o no passado sábado, numa pequena feira, em Melgaço. A vontade de o ler, fez-me abrir o livro, ainda nessa noite. Fui devorando aquelas páginas e fazendo pequenas dobras nas folhas com algumas passagens que sabia mais tarde, ia querer partilhar em voz alta, outra vez e outra vez. Uma história feita de varias historias. Vidas distintas, que se cruzaram. Personagens infelizes que por força do destino, das decisões, dos caminhos, das atitudes, viram as suas vidas interligadas. Vidas famintas e infelizes. Vidas feitas de metades, que quando se uniram, conseguiram finalmente ser felizes. As páginas do livro oferecem-nos momentos feitos de pedaços dispersos, de homens, mulheres, novos e velhos, crianças, todos diferentes entre si. Pedaços que depois de se encontrarem formaram o mais belo quadro da família improvável feliz. Dos sonhos que se revelam tarde ou dos sonhos de uma vida. Da amargura de se ser sozinho, sem amor. Do nascer de novo, apenas e só porque se aceitou a si próprio. Do pilar de uma vida, a família, que também se escolhe. Ontem terminei o livro. Da viagem de casa para Tomar, para um fim de semana de muito calor, desejei que se alonga-se um pouco mais, só para que pudesse devorar aquelas páginas. A inquietude apressou-me e em menos de nada acabei de o ler.
Não acredito que se consiga encontrar melhor conjugação. Férias e obras em casa. Sinal de caos, portanto. Estamos ansiosos pelo resultado final, mas o lixo e o pó, resultado das obras, deixa-se em estado de choque. Enfim, hão-de ficar prontas até sábado, assim esperamos e depois é limpar, limpar e limpar e saber que durante semanas ainda há-de andar pó pelo ar. Acho que ninguém gosta de obras, só mesmo do resultado final, que costumamos dizer, compensa tudo, que a casa fica mais gira, mais acolhedora. O tanas! Obras em casa é do pior que há. A invasão da nossa privacidade, os bitaites dos pedreiros, o uso da sanita e as tampas sempre levantadas, como eu detesto. Tudo em bom. Férias sem nortadas, com muito nevoeiro e mau humor quente. Tudo bons ingredientes para uns dias inesquecíveis. A ver se remediamos qualquer coisa ainda no inicio da semana, noutras paragens.
. Caminhos
. Insónias
. Sunset
. Taxa de álcool no sangue!...