Quinta-feira, 26 de Setembro de 2013
A escola ainda agora começou e a mais nova já se ressentiu de dores
nos ombros!
Ontem chegou muito queixosa a casa, que a mochila estava muito pesada.
Vai-se a ver e tinha lá dentro livros que não lembravam ao diabo, pois está claro! Livros e outras coisas que tal, que bem podiam ter ficado em casa, mas enfim.
Decidiu que deveria esvaziar a pasta e que as minhas massagens seriam o remédio santo para tanto male.
E dormiu como um anjo, que diz que as minhas mãos massajam muito bem.
Hoje acordou revigorada e lá foi, bela e fresca, para a escola.
E quase que um dedo chegava, para segurar na mochila!
Quarta-feira, 25 de Setembro de 2013
Para um amigo tenho sempre um relógio esquecido em qualquer fundo de algibeira. Mas esse relógio não marca o tempo inútil. São restos de tabaco e de ternura rápida. É um arco-íris de sombra, quente e trémulo. É um copo de vinho com o meu sangue e o sol.
António Ramos Rosa, in "Viagem Através de uma Nebulosa"
Quem nunca esteve aborrecido? E qualquer um, tem esse direito mesmo que não tenha motivo. Dar a volta e lidar com este sentimento depende de nós, que podemos lutar ou então cairmos na inércia e nada fazer. Ás vezes acho que também é difícil lutarmos sozinhos, sem estímulos ou incentivos, sem um abraço ou simplesmente uma palavra tipo " Eu estou aqui se quiseres conversar". Mas quando se trata de uma criança, de um filho, que se sente aborrecido e não sabe porquê e chora porque não quer mais perguntas nem confrontos de palavras, ficamos desarmados. Ficamos de coração apertado, com vontade de o colocar numa redoma só nossa e não deixar que nada nem ninguém o possa magoar. Sentimo-nos impotentes, porque decerto também temos que ponderar se estamos a abrir-lhes as portas certas, se as nossas atitudes são as mais corretas. Outras vezes, é uma fase e não há nada que nos deva preocupar, mas o mal estar dos nossos filhos, dói-nos até aos ossos, leva-nos o sono e a alegria. Se calhar só quero mesmo que este dia passe depressa para poder abraça-lo e enche-lo de beijos, assim até se esquece que está aborrecido e fica só arreliado com tantos amassos da mãe!
Domingo, 22 de Setembro de 2013
Sábado, 21 de Setembro de 2013
Enquanto estávamos na piscina, apercebi-me que decorria uma festa de família num dos salões da pousada. Um baptizado. Gente bem vestida, de certeza roídos de inveja de nos verem na piscina, quase debaixo dos 40°C e claro, muitas crianças. A algazarra do costume, que quando os fedelhos se juntam, não há quem os pare. E pelas idades comparei-os com os meus filhos e a minha afilhada. Há sempre aquele mais protetor e que os mais pequenos perseguem, como o meu filho mais velho com a prima. Há sempre aquela que faz palhaçadas e faz dobrar o riso dos pequenotes, como a minha filha tão bem faz com a minha afilhada. E os três quando se juntam, só dá brincadeira certa. É a pequenina que gosta de aprender com os mais velhos e eles que gostam de a ensinar. E quando estão longe dela, falam imenso das coisas novas que já faz e que aprendeu. E as ferias de verão trouxeram grande aproximação entre eles. A caso dos avós sempre cheia de risadas e brincadeira.
Um fim de semana a dois como há muito não tínhamos. Nem as ferias que já lá vão, permitiram grandes momentos melosos e de namoro. Hoje foi o dia, até porque a partir da próxima semana a agenda dos miúdos não nos deixa alternativas para grandes escapadelas. O tempo está fabuloso, a agua da piscina está óptima, o iPad não o partilho com ninguém e o silencio hoje sabe-me pela vida. É claro que já falamos nos nossos filhos, umas quatrocentas vezes, que se aqui estivessem iam adorar o espaço e blá, blá, blá, pardais ao ninho. Mas souberam bem os beijos de hoje de manha e os abraços de despedida, quando os deixamos na casa dos avós. Eles sabem que os pais foram passear só os dois, que não lhes mentimos. Saí tão tranquila, porque não há quem trate melhor dos meus filhos, para além de nós, que os meus próprios pais. E é uma benção poder contar com um pai e uma mãe assim, como os meus. Tenho os melhores pais do mundo e os meus filhos, os melhores avós! Do amor incondicional que lhes brota do coração, das preocupações diárias connosco, do amor que transborda nas atitudes e na prontidão dos atos. E se hoje estou aqui de papo para o ar, descansada e super tranquila, devo-o à minha mãe. E é nestes momentos em que o tempo passa devagar e me entrego à reflexão, que me dou conta que existem tantos lares partidos, tantas famílias de costas voltadas e vidas sofridas sem amor. Sei, porque as observo e não me revejo felizmente nestas pinturas, porque a minha família é o meu bem mais precioso! A distancia dita regras, os momentos de ausência também existem, mas o amor que nos une é um forte que nos protege.
Sexta-feira, 20 de Setembro de 2013
A meio da noite comecei a ter dores horríveis de estomago, que depois de muito contorcionismo, foram atenuando. De manha, tivesse eu um guindaste lá por casa, tinha-o utilizado. Assim, quase rastejei para me levantar como se o meu corpo tivesse mais uns dez quilos em cada perna. Estou tão, mas tão cansada, que me parece que este dia vai durar uma eternidade. Ai, ai