Terça-feira, 25 de Novembro de 2014


O fim de semana passou literalmente a correr. No domingo estive em prova. E a vontade era tão grande, que nem o fato de ter ido sozinha, me deteve. Impensável noutros tempos. Não sei se as coisas mudaram, se apenas eu é que mudei. É bem provável que tudo esteja na mesma. É bem provável que a minha vontade seja a minha motivação. Foram 19km, feitos de corrida, cansaço e pura felicidade. Terminar é o meu objecto. E no domingo, mais uma vez, comprovei o que não tem volta: adoro o contato com a natureza. O trail deixou de ser opção, passou a prioridade .
Quarta-feira, 19 de Novembro de 2014

Não têm conta, as vezes que o telemóvel já despertou bem cedo, com o intuito de eu me levantar e ir correr. Sou uma fraca, por isso desligo o despertador e deixo-me ficar na cama a engendrar milhentas desculpas para não me ter levantado. É certo sentir-me culpada depois quando me levando e fico a remoer durante todo dia. Hoje lá consegui, mas não o fiz sozinha, aproveitei que o moreno estava de saída para o comboio, deu-me boleia e eu voltei para casa a correr. Não me levantei sozinha, ele não se levantou sozinho, não tomou o pequeno almoço sozinho e ainda saimos juntos de casa. Foi bom. Um beijo de despedida no meio da estrada. Rumamos em direcções distintas. Ele de carro, eu a correr.
Segunda-feira, 17 de Novembro de 2014
Hoje é o dia em que se fala dos bebés prematuros. Logo hoje, depois de ter recebido com imensa tristeza no dia de ontem a notícia da morte da Gui. Um nascimento prematuro, depois de 20 dias de luta diária. Mais vez, uma onda de solidariedade brutal. Aos pais, numa dor desigual, pouco peso tem qualquer palavra. A Margarida partiu, mas comoveu e tocou o coração de todos, com certeza.
Domingo, 16 de Novembro de 2014
Sexta-feira, 14 de Novembro de 2014

Esta noite, esta é a maior preocupação. Não deixar que a lareira se apague. Depois de uma semana, sem grande tempo para respirar, mais uma, aliás! A vontade de hoje, é a da inércia. O mínimo. Um jantar em família, sem pressas. Uma revista. Ocupar o meu lugar no sofá e deixar-me hibernar. Hoje nem a corrida me apetece. Apetece-me preguiçar, muito!
Terça-feira, 11 de Novembro de 2014
Não compreendo quando numa fase de mudança, ouvimos dizer que vai ficar tudo na mesma. Então a palavra por si só, não dá a resposta? No limite, a mudança pode ser benéfica ou não. Pode colocar-nos à prova e aí percebemos se a adaptação é fácil, se a capacidade de superação é possível. As mudanças não têm que ser um entrave ao nosso crescimento, podem até acrescentar benefícios. O café só adoça se o mexermos. Não adianta de nada o açúcar no fundo da chávena. Assim é a vida, de vez em quando, uma mexida ou uma sacudidela até nos pode fortalecer e quem sabe se a vida não se torna mais doce. Assim se espera.
As fotos cá em casa estao guardadas a sete chaves. Em pastas, por ano e mês. É facil encontrar o que procuramos, quando sabemos o que andamos à procura. Milhentas fotos. Mais do que isso. Muitas mais. E hoje estive para cima de 3 horas, perdida entre fotos tão antigas, que muitas delas me fizeram recuar no tempo. Tantas lembranças. Recordações! Histórias tão nossas. Mais do que as fotos, tenho uma grande difuculdade em ver os vídeos dos meus filhos quando eram pequenos. Sinto que não aproveitei tudo. Que se perderam momentos. Sinto um aperto grande no coração e um nó na garganta. É simplesmente isto. Ter vontade de lembrar e ao mesmo tempo não querer. Cresceram depressa. Ficou por dar algum beijo, algum carinho, atenção? Acho que sim. Acho que naquela altura, queria que o tempo passasse depressa. Hoje sinto saudades e aqueles vídeos deixam-me ficar arrepiada. Aquelas vozes tão doces. Os sorrisos abertos. Meio palmo de gente. Que orgulho. Que saudades!
Domingo, 9 de Novembro de 2014

Em modo antecipado. Só porque dá mais jeito. Só porque é domingo. Só porque está frio. Só porque apetece.
Ainda a propósito de ontem, a trança foi uma estreia!

Primeira edição. Algum atraso na partida, muitas escadas pelo meio, lama poças de água e breu. A passagem pelas grutas foi fantástica. O frio impôs - se mas a chuva deu tréguas durante a prova. Intimidou-nos, ainda antes do tiro de partida. Corri praticamente todo o percursi com uma dor do lado direito do umbigo. Não me compreendo. Ainda a semana passada corri 16 quilómetros, sem qualquer dor e ontem sofri, quase com metade da mesma distância. A chegada à meta foi penosa e quando me baixei para tirar o chip da sapatilha, quase que vomitei. Cheguei de rastos. Pesquisei e talvez tenha sido dor intestinal, eu sei lá. O que é certo é que os intestinos ontem durante o dia deram-me que fazer. Corri aflita pelo menos quatro vezes, para a casa de banho. Ainda assim consegui terminar a prova. Ainda não recuperei mas a sensação é boa. O que fica, supera a dor e o cansaço.