Quarta-feira, 31 de Dezembro de 2014
2014 não foi um bom ano. Disse-o a mim mesma, assim que os meses foram passando. Disse-o vezes sem conta. Ainda assim sou uma privilegiada! 2014 não foi um bom ano, mas a soma dos bons momentos é enorme! Amanhã, não terei esquecido o que me entristeceu, o que me abalou, ou o que desmoronou em mim. Amanhã, vou lembrar-me bem de tudo, ainda que seja passado e pertença ao ano velho. Os maus momentos, tornaram os melhores, mais doces e imponentes. Vou deixar para trás as energias negativas. Vou prender-me a tudo de bom, que ainda assim foi tanto. 2014 não foi um bom ano! Se calhar foi, se me fez crescer! Se calhar foi, se serviu para me mostrar novos caminhos. 2014 foi um ano de provações, mas hoje sinto-me mais forte e capaz de abraçar 2015 com esperança e muita determinação. Que venha 2015. Estou preparada para o receber!
Segunda-feira, 29 de Dezembro de 2014
Ontem, com a Prova de S. Silvestre, no Porto, fechei o ciclo de 2014. Pelo menos no que toca a provas, que ainda espero suar mais um bocado, antes do ano partir, afinal ainda hoje é dia 29. As provas, qualquer uma, deixam-me sempre nervosa, trail ou estrada tanto faz. Opto sempre por chegar ao lugar de partida, com a antecedência necessária, para relaxar, beber o meu café descansada e claro ir à casa de banho. Ontem desesperei no trânsito. Optamos por levar o carro para o Porto, afinal tinhamos à nossa espera, um estacionamento garantido, mas o trânsito estava descumunal. Desesperei confesso. Por sorte os cafés abundam na cidade e lá parei no primeiro que encontrei. Corri bem, mesmo antes da prova começar. Tão irritada que eu estava. Ainda no ano passado, tinha corrido tão bem. O comboio levou-nos a horas para o local da partida e este ano, foi o que foi. Ainda assim, esperei uns três ou quatro minutos, depois de me colocar em posição. A volta teve um percurso diferente, e do princípio ao fim, sempre a fugir dos encontrões. Dei o meu máximo, acho eu. Em dois ou três momentos bem precisava de ter à mão um guindaste que me puxasse. Objetivo cumprido, fiquei abaixo dos 60 minutos. Sabia que não era impossível, mas em prova, como num treino, os imprevistos acontecem. Não aconteceu nada de anormal e 56 minutos e alguns segundos, foram o troféu da noite passada. Satisfeita comigo. Ganhei e estou feliz por isso. Ninguém me viu lá, mas o pódio ontem foi meu!
Sábado, 27 de Dezembro de 2014
Quando corri pela primeira vez a S. Silvestre do Porto, o ano passado, não tive noção do que estava a acontecer, nem do impacto que iria ter depois. Entre o começar a correr, a inscrição e a prova propriamente dita, pouco reflecti e agi como que por impulso, acho eu. Nem sei se me lembro bem. Da partida, lembro o nervosismo e a emoção brutal que senti. Da chegada, lembro o cansaço e a satisfação. Daquela tarde ficou a vontade de querer continuar e repetir. Ainda eu não sabia que a minha grande paixão estaria ainda por se revelar, o trail! Hoje percorre-me o corpo, a vontade de fazer tudo acontecer outra vez. Amanhã não será uma estreia, mas volta a ser um marco na minha vida. Passou um ano, que se revelou intenso. A corrida, o convívio, as cãibras, os sacrificios, as gargalhadas, as dores, a frustração, o entusiasmo e a superação, ditaram tantos dos meus dias. Fortaleci a minha alma. O corpo apenas carregou a vontade de querer continuar.
Sexta-feira, 26 de Dezembro de 2014
Não sou do tipo de sair sempre de casa com base ou pinturas. Não faço disso um drama, porque também nunca foi um hábito. Às vezes uso, outras vezes nem me lembro. Outras vezes quando me lembro, não me apetece. Quando era pequena, não existiam pinturas em casa da minha mãe. Nada, sem sombras, lápis, vernizes e muito menos base. Acho que durante anos existiu um batom na gaveta do móvel da casa de banho. Se calhar ainda anda por lá. Não cresci no meio de estojos de maquilhagem e ainda hoje é assim. Gosto do efeito final, quando me pinto. Primo pela descrição e as cores repentem-se. Não sou de arriscar e de ousar. Ainda assim, a minha filha, já se habituou ao pouco que uso e pinta-se, quando deixo, tipo, se pudesse, pintava-se todos os dias. De manhã, ainda ensonada, é capaz de deixar ramelas nos olhos mas a sombra rosa disfarça-as. Gosta dos vernizes, das cores vivas e brilhantes. As unhas são as únicas que não descuro e depois de ter descoberto o gel, ainda não fui capaz de o deixar. Para mim, o melhor mesmo! Sem mais dramas, porque pior do que pintar, deixar que secassem bem, era o diabo. E os retoques e o ter que pintar segunda vez.... O gel deixa-as sempre impecáveis. E o tempo que já não se perde. Isso não tem preço.
Quarta-feira, 24 de Dezembro de 2014
Terça-feira, 23 de Dezembro de 2014
Depois de ler um artigo sobre os grandes benefícios da banana, apercebi-me que este foi um fruto, sempre presente ao longo deste ano. Claro que lhe conheço os otimas propriedades, não foi o artigo que me despertou para tal, fez-me apenas perceber que foi de fato um fruto aliado. Andei com bananas para todo o lado e quando não me contentei com uma, dias houve em que duas foram a conta certa. Apesar de sempre gostar deste fruto e de o ter sempre em casa, porque os meus filhos e mesmo o meu marido, sempre comeram bananas com regularidade, eu sempre fugi delas, pensava no meu peso e optava por uma maçã e o fato de sofrer de obstipação regular, também nunca ajudou. Muitos pensarão que foram opções erradas, mas quem luta diariamente com o peso e a balança, nem sempre o faz da forma mais racional. Também sei disso. Não vale a pena bater no ceguinho. E provavelmente comi em 2014 mais bananas, do que em toda a minha vida. É capaz de ser um exagero esta comparação, ou não, mas de fato foi a minha amiga e aliada ao longo de muitos percursos, de muitos momentos. E que 2015 continue a ser o ano da banana. A ser assim, será sempre um bom sinal.
Domingo, 21 de Dezembro de 2014
Sábado, 20 de Dezembro de 2014
Não gosto de atrasos e tolero pouco quem faz disso um hábito. Aliás, é coisa que me irrita solenemente.
Natal rima com rifas! Ninguém escapa a uma bela duma rifa, por esta altura do ano. São as criancinhas que trazem da escola blocos inteiros, para vender à familia e aos amigos. No restaurante, no café de todos os dias. São os monos que se querem despachar e faz-se mais um cabaz. E porquê? Porque é Natal e Natal sem rifas, é como um Natal sem bacalhau, broa de canela ou bolinhos de bolina. Depois é um ai jesus, porque a cada esquina é mais do mesmo e é quase uma troca por troca. Cabazes aos magotes em todo o lado. É Natal! A ver se este ano canta o número da sorte! Saia se faz favor, para esta mesa, um 24 ou 42! Já não se perdia tudo.
Ontem, de tanto me rir, fui às lagrimas. Primeiro fiquei incrédula a olhar para o computador, transfigurado que estava, literalmente do avesso. Depois, de forma contagiante, eramos muitas a rir. Umas sabiam da brincadeira, outras não e eu ali, parva, só me ria. Mais parecia um momento retirado de um episódio dos "apanhados". Rimos tanto, mas tanto. Riram-se de mim à fartasana, porque caí que nem pata. E depois de tudo, percebi que o melhor mesmo, foi não ter perdido ainda, a capacidade de me rir de mim própria. Riram-se às minhas custas, mas rimos juntas. A vida é levada demasiadamente a sério. Quando deixarmos de ter a capacidade de nos rirmos de nós próprios, o aborrecimento e o tédio, encarregam-se de nos colocar numa armadura cinzenta, sem graça. Rir é bom, chorar a rir, é fantástico. Saber rir de nós, com os amigos ao lado, mesmo que tenham sido eles os responsáveis pelo momento caricato, é sinal que ainda não nos tornamos, numa pessoa demasiado séria e encafuada. Que graça tem gente mal disposta e sisuda?