Quinta-feira, 29 de Janeiro de 2015
Diz que hoje, é dia das pessoas rabugentas! O meu dia, portanto. Assim ao ponto de ficar mesmo possuída, com coisas e coisas. Do tipo de sair a correr de casa, ter um filho que pela milésima vez se esquece do passe. Adeus autocarro e mais rabuge, pois claro. Hoje estou especialmente rabugenta. Ás vezes nem eu própria me aturo. Falsos testemunhos e injustiças também me deixam assim para lá de rabugenta, muito para lá. Para além de outras coisas, vá! Que dia difícil o de hoje!
Domingo, 25 de Janeiro de 2015
Já lá não ia há muitos anos. A Almeirim! Muitos anos, mesmo! É preciso gostar deste prato e eu adoro a sopa da pedra. O sabor forte das carnes, do feijão e dos coentros. Comecei pelas caralhotas, o pão típico de Almeirim. Depois de passar pela sopa, estacionei no bacalhau com alho e batatas a murro. Reguei com vinho verde branco de pressão. E repeti. E voltei a repetir. E deixei-me levar sem tempo. Saboreei todos os instantes, como se o tempo fosse coisa secundária, sem sentido ou importância. Regamos as conversas com mais um copo e brindamos ao de sempre. A nós! Os ponteiros do relógio afinal não pararam, mas não nos pasmámos. O limite era a nossa vontade de querer continuar ali, sem pressas. O restaurante já sem a porta aberta, com a placa de "fechado", virada para a rua. As cortinas já semi cerradas continuavam a deixar entrar o sol quente. Eu, já de manga curta, quente e corada, sem saber se a culpa era do sol ou do vinho. Culpei os dois! Veio-me à memória o Verão! Os dias grandes que dão maior visibilidade aos fins de semana! E por fim, foram as farófias que abrilhantaram a sobremesa. O café fechou a refeição. É por tudo isto que a hora da refeição é sagrada! Come-se, conversa-se e o tempo inimigo de todos os dias, é fechado a sete chaves ao fim de semana. E qualidade de vida é isto!
Sexta-feira, 23 de Janeiro de 2015
Quarta-feira, 21 de Janeiro de 2015
Quando uma conversa entre mim e os meus filhos é abrilhantada com a frase, "mãe, pareces a avó!", eu confesso que me sento lisonjeada. A preocupação de outrora, por vezes exagerada da minha mãe, é hoje a minha e portanto eu já não acho exagerada. Sou uma mãe galinha, a minha mãe também o foi. Hoje continua a ser uma mãe e avó super presente e preocupada. E estas pérolas dos netos, são reflexo disso mesmo. E é bom! Tão bom que assim seja!
Segunda-feira, 19 de Janeiro de 2015
Domingo, 18 de Janeiro de 2015
Hoje. A primeira prova deste ano. A meia maratona Manuela Machado, em Viana do Castelo. A terceira meia maratona do meu, ainda muito curto currículo. Que ele tem ainda muito para crescer, assim espero. Não foi fácil, e a experiência que vivi em Setembro passado, na segunda meia maratona, ensombrou os meus pensamentos. O nervosismo é sempre certo. Não há prova em que não o sinta. Vou à casa de banho vezes sem conta, só hoje, antes da prova, foram 4 vezes. Depois do tiro de partida, deixei de sentir o frio ainda no primeiro quilómetro. A chuva acabou por ser bem-vinda. A minha camisola de prova, põe-me a jeito. Ora sou perneta, ora sou camisola amarela, ás vezes outra coisa qualquer. Devo ter sido a única a levar mochila, mas já não me atrevo a andar sem a minha água com os meus sais. Desidrato com uma facilidade brutal e o que aconteceu no passado serviu-me de lição. Ainda assim os gémeos sofreram, a minha única queixa à medida que os quilômetros foram avançando. As dores e o receio de não conseguir chegar ao fim, obrigaram-me a caminhar várias vezes, mas foi a partir do quilómetro 17, que a coisa se complicou, acho eu. Nunca pensei em desistir, mas desejei que o tempo passasse depressa. Terminei feliz, facilmente me emociono e hoje voltou a não ser exceção. Consegui. Superei-me. Valeu-me o companheiro de prova, que se manteve perto. Umas vezes eu à frente, outras vezes ele. Foram as palavras de incentivo que alimentaram os nossos passos. A força que está dentro de nós guia-nos e o feedback positivo dá-nos acesso quase direto à meta.