Domingo, 22 de Fevereiro de 2015
Gajas que vão para o meio do monte, pintadas! Ele é rímel, ele é base, ele é sombra, de preferência no tom da camisola de prova! Giras, mesmo, com fitinha no cabelo a condizer. Gajas boas e lindas. E assim se embeleza um trail! E mais... Tudo wather proof!!!
Sábado, 21 de Fevereiro de 2015
Sexta-feira, 20 de Fevereiro de 2015
O tempo passa e não nos apercebemos da vida que cresce diante dos nossos olhos! Os dias passam, as semanas completam-se e o tempo não sobra, nem para uma simples contemplação! E foi com surpresa e admiração que me apercebi que afinal a orquídea estava bem de saúde! Meses num canto, semanas sem ser regada e limitava-me a olhar para as folhas, que enquanto estivessem verdes decidi que a planta não ia para o lixo. Adoro flores, gosto de orquídeas, especialmente as de exterior. Mas esta flor não dura muito cá em casa. Não sei se é da água ou falta dela, se da exposição solar, sei lá bem. Esta surpreendeu-me e eu passo por ela todos os dias, em casa, diga-se! Por trás das hastes, que outrora serviram de suporte à flor, brotou vida e eu não dei por nada. Os dias passam, não contemplamos, olhamos e não vemos o que está mesmo diante de nós! E isto é apenas um exemplo! Um simples exemplo!
Quinta-feira, 19 de Fevereiro de 2015
Quarta-feira, 18 de Fevereiro de 2015
A maratona que se realizou no passado dia 15, em Austin, nos Estados Unidos, poderia ter sido só mais uma de tantas e passar despercebida, não fosse a forma como terminou para uma das atletas. A atleta que se posicionou em terceiro lugar, cortou a meta a gatinhar. Fiquei arrepiada quando vi o vídeo, senti mesmo que os meus olhos se encheram de água. Inigualável! Pelo que li, liderou praticamente toda a prova, mas a cerca de 2 quilómetros da meta começou a perder as forças. Hyvon Ngetich, que é como se chama, não desistiu e mesmo depois de cair de joelhos, continuou até à meta, a gatinhar. E já no chão, a arrastar-se voltou a perder as forçar e mais uma vez ergueu-se e continuou de gatas! Que espírito de sacrifício brutal. Recusou a cadeira de rodas que os paramédicos lhe trouxeram e ainda assim cortou a meta em terceiro lugar. Já recomposta disse, não se lembrar de nada do que aconteceu no último quilómetro. Muitos dirão que não vale a pena colocar o corpo em tamanho sofrimento! Muitos não compreenderão! Muitos acharão tudo isto um absurdo! Muitos acham que a saúde está acima de tudo e que se não fosse desta vez, seria para a próxima! Só ela sabe o que treinou, os sacrifícios que fez para ali chegar. Vejam o vídeo, apenas! Eu ainda estou arrepiada com as imagens e não teço opiniões. Tivéssemos todos nós, um pouco do seu espírito de perseverança e sacrifício. A meta, seja em que circunstância for, é muito mais do que o tempo marcado num cronometro. A meta é muito mais do que uma medalha. A meta é o resultado do trabalho árduo do dia a dia! A meta é o culminar de um objetivo. A meta é uma conquista pessoal e definitivamente, não é para qualquer um!
Terça-feira, 17 de Fevereiro de 2015
O carnaval para mim é mais sinónimo de descanso. A folia chega por acréscimo, se houver convívio com a família e com os amigos. Foi o caso este ano! Noutros anos, férias longe de casa, porque Carnaval não é ter que estar por aqui e passar por aqueles locais que são tão emblemáticos. Não gosto de desfiles carnavalescos. Não lhes acho piada, nem muita nem pouca. Só não acho piada.
O sol está quente. Desde que aqui me sentei, já transpirei mais, do que propriamente durante a corrida. Nem meia dúzia de quilómetros! Sopra uma brisa tão agradável! As águas do ribeiro seguem sublimes na quietude do leito. Consigo encontrar paz no meio da natureza. Hoje longe das ondas do mar. Perto do chilrear dos pássaros. Estou sentada num banco só meu, hoje é só meu. Sentada com pernas à chinês, como ensinamos os miúdos. Gosto desta posição. Prendo-me até onde o olhar me leva. Observo e sinto. A natureza dá-me francamente o que preciso. O sol aquece-me ainda mais, as faces já ruborizadas. A respiração deixou de ser tão ofegante. E respiro fundo mais uma vez! Sou capaz agora, de ouvir ainda melhor, o silêncio que me rodeia. Não tenho vontade de regressar à base. A solidão passa apressada. O vazio dos passos de ninguém, deixa marcas no meu caminho. Vou e deixo o banco vazio? Duvido que me apeteça! Vou! Deixo-lhe alguns dos meus pensamentos, aqueles que ficaram descoordenados. Levo o meu corpo mas por entre as tábuas deste banco, fica a promessa do regresso.
Domingo, 15 de Fevereiro de 2015
Era uma vez uma menina grande, que gostava muito de ir almoçar a casa dos pais. E depois de mais um convite, foi almoçar à sua praia, num belo domingo de Carnaval. O domingo gordo de carnaval. A menina grande estava cansada, tinha dormido pouco, tinha tido um jantar de arromba na noite anterior, ainda assim, voltou a comer bem no almoço de domingo. A mãe da menina grande cozinha muito bem e a feijoada estava uma delícia. A menina grande repetiu, acompanhou com vinho tinto e não se ficou por aí! A sobremesa ainda estava para vir. A menina grande estava feliz, passeou pela praia, tomou café à beira mar e o que mais gosta é de voltar sempre que pode, a casa dos pais. A sua casa. Depois do almoço, a menina grande desafiou o moreno para um passeio pelo monte, numa tarde que seria de descanso ao pé da lareira. Lá foram, monte a dentro. Partiram à descoberta. A menina grande tinha a barriga cheia de coisas boas! E correr assim não é fácil. Nem aconselhável, convenhamos. A menina grande chegou feliz, depois da volta pelo mato. Grande dia! E ao que parece ainda não acabou!
Já sei que se me deitar tarde, com jantar bem regado, e como se não bastasse, rodopiar de saltos altos, tipo cachopa, é certo que na manhã seguinte, maldiga as dores nos pés, dores de cabeça e ouça o cansaço a rir-se da situação. Sei que sou menina para ir de madrugada para o monte correr 20km e à noite ainda me deixar levar pela festa e pela diversão. O contrário já não. Confirma-se . Estou velha para noitadas. Sou mais de acordar ainda de noite, quando muitos ainda se estão a deitar. Sou mais de ir de manhã bem cedo e ouvir o que ainda ontem ouvi de um senhor que ia para o campo, " "Então caralho, não tendes palha na cama, não é?" Uma coisa é a manhã, outra coisa é a noite.