Quinta-feira, 31 de Dezembro de 2015
Lembrei-me que hoje podia trazer mais uma pedra para casa, a juntar a tantas outras, cada uma com o seu significado! Esta apanhei-a já no fim do treino. Simboliza todos os quilómetros feitos ao longo do ano de 2015. Afinal apanhei tantas pedras este ano! Corri o triplo do que corri em 2014, por isso a probabilidade de encontrar pedras no caminho, aumentou consideravelmente. Umas fizeram-me cair, noutras escorreguei, a outras agarrei-me para não me espalhar ao comprido. As pedras simbolizam muito mais do que tudo isto, porque encontrei tantas pedras no meu caminho... Aprendi a desviar-me, a contornar, a saltar. Aprendi a viver com as pedras... Tantas... Se noutras alturas dizia que as guardava para construir um castelo, hoje escolho as que guarda e as que deito fora. Nem todas prestam! E há aquelas que nos iludem e afinal estão soltas. Depois as outras, firmes e fortes, onde me sentei e descansei!
Terça-feira, 29 de Dezembro de 2015
O Santo Silvestre é bastante aclamado por estes dias. As provas com o seu nome são mais que as mães, e quem tem genica e tempo, corre-as todas.
Sinceramente não acho grande piada, escolho a que me toca ao coração e a carteira também agradeça, pois está claro.
Pelo terceiro ano consecutivo participei na São Silvestre do Porto e mais uma vez, foi uma corrida muito especial, aliás a mais especial de todas.
Em 2013 estreei-me nesta coisa das provas, a primeiríssima de todas foi a Corrida de S. Silvestre. Mal eu sabia que depois dessa, muitas mais viriam.
O ano passado voltou a ser especial, afinal a correr há um ano e ainda não tinha desistido e ainda melhorei o tempo. Boa!
Este ano, Santo Deus, foi melhor ainda.
Muito melhor.
A vida tem-me surpreendido tanto e dado coisas tão boas quee agora sou apelidada lá em casa, de chorona.
E gozam
e gozam
-Esperem que a mãe já vai começar a chorar outra vez!!!!!
Pois é, não são só as tristezas que me fazem chorar, tudo me faz chorar, é verdade e não, não estou grávida, mas tenho tudo e tudo à flor da pele.
No Domingo, o meu filho fez a prova comigo. Corremos juntos, os dez quilómetros. Acompanhei-o sempre com o coração nas mãos para que ele se sentisse capaz de terminar.
E vibrou e terminou e eu
chorei.
Ter os amigos na meta e o pai a torcer por nós, era de esperar o quê?
Terminarmos de mãos dadas, às páginas tantas agarrou na minha mão e nos últimos metros puxou por mim!
Deu nisto, choradeira e um orgulho tão grande que não cabe num coração pequeno como o meu.
A vida prega partidas, mas tem-me dado momentos de felicidade pura.
Sempre fui muito chorona, muito emotiva, mas agora sou bem mais. E são realmente as coisas pequeninas que dão o verdadeiro significado a isto a que chamam de vida. É que eu também me questiono muito e há tanta coisinha que eu não entendo, mas acredito que vêm com um propósito.
Terça-feira, 1 de Dezembro de 2015
Dezembro é sempre especial! É o mês do Natal! O mês em que a minha filha faz anos! O mês em que comprei casa! O último mês, que por vezes queremos que chegue depressa para tão depressa partir e fechar o ano, quando não o consideramos positivo. Dezembro não é o mês de balanço. Esse já foi em Setembro. Mas com a falta de tantas concretizações, Dezembro renova a esperança! Com 2015 a terminar, penso só que quero apenas uma coisa de presente: saúde para mim e para os meus... Ter saúde é ter tudo e só quando não a temos lhe sentimos a falta.... E infelizmente há tanta coisa que não controlamos, que não basta só querer. Mas não peço mais nada... A paz e a harmonia, vão chegando, à medida que nos vamos esforçando. Porque depende de nós.... Porque apesar de ser um trabalho nem sempre fácil, a busca da paz eleva-nos a um outro patamar...