Um dia que se salvou, que se os há de contrastes, o de hoje foi exemplo disso.
De manhã bem cedo já estava numa clínica para ser submetida a um exame radiológico aos rins, mais propriamente uma urografia intravenosa, que evidencia eventuais anomalias estruturais ou funcionais, ou tão somente a localização de um cálculo que se deslocou mas acabou encravado algures. Uma sequência interminável de raio-X que entre intervalos e bate chapas, passaram mais de 3 horas. Um terror de que não estava à espera, como se já não bastasse a preparação do dia anterior que me deixou encharcada em água, depois de tantos litros bebidos com uma mistela horripilante.
Da manhã, que arrastou os minutos e fez parar as horas. Da manha que sacaneou o relógio e o fez perder-se, renasceu uma tarde sem tempo.
Uma tarde de passeio que marcou o compasso a um ritmo normal que eu quase não senti. Mas sei que o tempo passou por mim, que esbarrou no relógio e fez avançar os minutos, mas depois passaram ao lado. Uma tarde de chuva que perdoei, porque me enfiei num centro comercial que há muito não visitava e andei de loja em loja, descontraída, tão relaxada e observadora. E foi tão bom, que ás vezes sabe bem andar perdida no meio de tanta gente!
. Caminhos
. Insónias
. Sunset
. Taxa de álcool no sangue!...