Hoje reinou a harmonia pela manha.
Um enorme contraste relativamente à manha de ontem, que foi catastrófica.
Mentiu-me mais uma vez e eu não perdoei.
Preferiu ignorar as minhas palavras e quando me apercebi da mentira, fiquei fora de mim.
Não se mente, nunca, disse-lhe eu.
Ao longo do dia de ontem, fiz um acto de contrição e sinto que exagerei, mas em momento nenhum me pediu desculpa.
Naquele momento e mesmo que de seguida lhe tivesse dito que de nada servia, eu estava à espera de um pedido de desculpas, de um momento de arrependimento.
Mas isso não aconteceu.
Provavelmente também eu lhe deveria ter pedido desculpas, pela forma como lhe gritei e não o fiz..
Fiquei desapontada, muito, não com ele, comigo.
E tantas vezes, me perguntei, onde estou a errar?
Serei exigente demais?
Estarei a pedir-lhe muito?
Agora está de castigo e privado de diversas coisas durante algum tempo. Se vai servir de alguma coisa, a ver vamos.
No final do dia, à saída da escola, disse-me que tinha pensado no que aconteceu e que não voltava a mentir.
Naquele momento só tive vontade de chorar.
Não chorei, sorrimos e abraçamo-nos.
Um abraço sentido.
Os seus bracinhos apertaram-me com tanta, tanta força, e nesse momento senti que aquele era o porto de abrigo, de que ambos precisavamos.
Terá andado à deriva durante todo o dia, como eu? Provavelmente.
E um simples gesto como um abraço, bastou e devolveu-nos a paz perdida ao longo de todo o dia.
. Caminhos
. Insónias
. Sunset
. Taxa de álcool no sangue!...