Deambulou toda a noite, senti-lhe os passos, que poisavam devagar o chão que pisava. Tantas outras noites ficaram sem sono. O sobressalto das ideias, a vontade de querer fazer mais e melhor, despertaram nela a teimosia.
A busca da perfeição, o medo de falhar, o pavor de quebrar.
E o descanso escondeu-se por detrás dos olhos ensombrados pelas lágrimas que teima em esconder. E chora sozinha, sem ninguém ver.
Diz-se forte, mas a voz dela só entoa sobre si, que quem a conhece sabe que precisa de um abraço. De colo. Do carinho de uma mão e da força de um abraço.
Está cansada e se eu pudesse, dir-lhe-ia que é legitimo, que não faz mal, que faz parte da vida, da vida dela, que é dessa que se fala.
Que se há-de recompor, que o sorriso e a coragem nunca lhe faltaram, só escasseia de quando em vez.
Senta-te, adormece e se me estás a ouvir, digo-te que estou aqui para te velar o sono e elevar-te o animo. Nunca te faltou a força, nem nas alturas de maior desalento, não será agora.
Não baixes os braços e segue nessa direcção. Estás no bom caminho!
. Caminhos
. Insónias
. Sunset
. Taxa de álcool no sangue!...