Ontem, mais uma vez esqueceu-se de levar o caderno de matemática para a escola.
Resultado, teve imensa coisa para passar de uma folha para o caderno e quando terminou os trabalhos já era tardissimo.
Só bocejava e percebia-se que não era fingimento, era cansaço.
Determinada por fora, mas com peninha por dentro, disse-lhe que só depois de tudo terminado é que se podia ir deitar.
O T. sempre foi muito chorão mas nesta fase qualquer coisa que se lhe diga dá origem a um rio de lágrimas.
E foi o que aconteceu.
Não é preciso sequer levantar a voz, uma simples chamada de atenção e logo lhe caem pela face, lágrimas gordas.
A pequenina disse que esperava por nós, e depois de tudo terminado e antes de dormir, beberam um chocolate quente e ficaram euforicos quando os chamei para a minha cama.
Claro que o pai não sabe, até porque ele nem vai ler o blog, nem nada, nem eles lhe vão contar, não, que ideia!
Claro que dormi mal.
Claro que de madrugada barafustei quando não tinha espaço para me mexer ou me roubavam o edredão.
Mas se adorei que tivessem ficado a dormir comigo, adorei, sim senhor!
Amo, sempre que isso acontece.
E quero que aconteça muitas vezes, porque não é só bom para mim, eles também adoram.
Quando acordo a meio da noite, distingo-lhes a respiração, sinto-lhes o cheiro e adoro agarrar-lhes as mãozinhas e voltar a adormecer, como se a tranquilidade do meu sono dependesse da presença deles e não o contrário.
Amo os meus filhos, tanto!
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