Sexta-feira, 2 de Setembro de 2011
O baú sempre esteve no sótão. Num canto escuro e sombrio mesmo ao lado das lembranças. No refúgio dos meus pensamentos, à muito que deixei de o abrir. Da chave não lhe conheço o paradeiro. As ideias estão lá todas, mais aquelas que se foram entranhando, com o pó do tempo e das memórias. Letras e mais letras, numa caixa velha, já há muito, comida pelo bicho da madeira. Não me lembro sequer da ultima vez que abri o baú, sinto apenas, que fui eu que o fechei. Tantas ideias, tantas loucuras, tantas letras perdidas e mal amadas. À espera do momento da libertação. Ainda assim, prefiro saber que continuam enclausuradas, que continuam a ser minhas. No momento certo, esse, que não sei quando virá, a chave há-de abrir o baú. Da caixa velha que guarda tantos feitos e tanto por fazer.
Do meu baú de memórias.
De
clara a 5 de Setembro de 2011 às 11:24
no momento certo... que é sempre quando menos se espera
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