Sábado, 3 de Março de 2012
Sempre achei que os conflitos na escola, devem ser resolvidos lá. Em articulação com os professores ou com a directora de turma, sempre em alerta, mas dando a distancia necessário, para que sozinhos saibam ultrapassar os problemas e os constrangimentos que lhes vão sendo colocados. O mais velho já foi agredido por uma colega, ultrapassando mesmo as ofensas verbais, tendo inclusivamente já criado conflitos com outras crianças.
Claro, que mesmo ele se quer evidenciar, não deixa passar em branco nenhuma provocação e ele próprio deixa transparecer agressividade, quando nos vai contando o que acontece diariamente na escola. Sejam ofensas directas ou em consequência do auxilio a um outro qualquer colega agredido. A mãe da miúda é uma simpatia e pediu-me desculpas em tempos pelo comportamento da filha. Sim, porque isto não é de agora, já tem barbas das grandes! Achei na altura, que deviam ser os miúdos a resolver as coisas entre eles. Não valorizei, se calhar o suficiente e hoje começo a ficar deveras preocupada e sinto-me na necessidade de intervir. A revolta que ele trás para casa não é saudável e não basta dizer-lhe para a ignorar que, a miúda, todos os dias tenta transpor os limites do aceitável, não só com ele, mas com outras crianças também. E nós adultos sabemos bem como eles conseguem ser cruéis.
E ficamos receosos quando vemos que as palavras dele, estão carregadas de agressividade e raiva quando fala da cachopa. E tiram-nos literalmente o tapete debaixo dos pés quando lhes pedimos calma, que ignorem, que a indiferença por alguém pode ser crucial, que a violência gera violência, mas eles próprios não aceitam as nossas decisões. E ter como resposta, que o medo de intervir, nem que seja pela força de um murro, não o preocupa, porque afinal se já houve um aluno que agrediu uma empregada na escola e não sofreu qualquer represália, que mal tem em dar o troco com os tabefes à colega, que não o deixa em paz? E ouvir uma resposta destas de um filho? E nestas alturas fazemos o quê? Intervimos?