Domingo, 8 de Abril de 2012
Depois de um belo repasto em família e enquanto nos deliciamos com as iguarias doces sobre a mesa, já depois do cabrito assado, esperamos juntos a chegada do compasso.
Este ano sem o moreno, acho que a primeira Páscoa sem ele, mas com a nossa doce princesa, que por sinal se portou muito bem.
O Compasso veio mais cedo que o habitual, talvez porque nem todas as portas se abriram.
Talvez porque a tradição se vai perdendo e a benção Pascal e o beijar da cruz, seja um ritual que aos poucos, vai caindo em desuso.
Outrora as ruas e as entradas das casas apresentavam-se enfeitadas com verdura e cobertas com flores. Esta tradição já não vai crescer com os meus filhos, como cresceu comigo. Hoje, na minha rua e por onde passei de carro, não vi nenhuma entrada enfeitada. Só a nossa. Mas enquanto orávamos e antes mesmo de beijarmos a cruz, um telemóvel fartou-se de tocar. Claramente outros tempos. E se os adultos ficaram incrédulos, já os meus filhos acharam piada, como se Compasso de Páscoa e telemóvel se conhecessem desde sempre.