> Ainda ontem falávamos sobre o tema sono, de como tenho chegado exausta à cama, de como adormeço num ápice e de como não o consigo evitar. Da necessidade proeminente que o meu corpo reclama para repor o cansaço extremo. Pois bem, longe de casa, numa cama estranha, aqui estou eu perdida de dores de cabeça, sem conseguir dormir, no meio da noite! Sem filhos, que foram matar saudades a casa da outra tia, euzinha, aqui a deambular pela cama, sem conseguir dormir. A cidade de Tomar está no mesmo sítio, mas basta estar longe por alguns meses, para perceber que muita coisa mudou. Obras e mais obras nas estradas, nos acessos, casas novas que se erguem e aos poucos a cidade ganha nova dinâmica e eu deixo de a reconhecer. Se há cidade que mudou muito na ultima década, foi esta. Ontem, a chuva e o frio, fez com que o recolher fosse antecipado. Uma passagem rápida pela zona histórica e uma imperial no café do costume. Caras conhecidas, nem vê-las.
Por aqui vive-se entre a tristeza e a resignação. Os problemas com os filhos adolescentes são um quebra cabeças, sem resolução possível. Não se vislumbram dias melhores e a condição anímica deixa pena e preocupação. Que futuro para estes miúdos? Para os pais, um poço de preocupações, para os filhos, um estilo de vida. E esta geração reclama de tudo. Do que tem, do que não tem, dos pais, da vida medíocre dos outros, que a deles é que faz sentido. E vivem desnorteados sem o saberem. E uma insónia dá para reflectir, repensar e matutar sobre tantas coisas. E de como é possível viver em sofrimento e ver alguém que adora comer, perder o apetite por completo. Estar muito mais magra, porque praticamente só se alimenta de desilusões e decepções.
. Caminhos
. Insónias
. Sunset
. Taxa de álcool no sangue!...