Quinta-feira, 26 de Julho de 2012
Recordar os nossos avós, depois de nos tornarmos adultos, é reviver a infância com todo o carinho que esses momentos nos possam merecer. Hoje só o meu avô materno está entre nós e curiosamente acompanhou de longe, o meu crescimento. A distancia que sempre marcou as datas importantes da infância. Não me revejo propriamente nos meus filhos, porque a relação que existe hoje, entre eles e os avós é muito mais colorida e plena de cumplicidade. Tenho saudades das sopas de vinho da minha avó Maria e das excursões em dias de festa. Da pacatez e dos olhos azuis do meu avô Luis e dos abraços da avó Julia, que todos os anos chegava de tão longe, para nos visitar. Do meu avô Edmundo, saudades da lucidez há muito perdida. Saudades que não se apagam. Memórias que hão-de perdurar. E uma felicidade imensa porque a relação de hoje, dos meus filhos com os avós, é trilhada diariamente, desde que nasceram. De mãos dadas, de olhos nos olhos, abraços apertados e pautada pela brincadeira. Uma caminhada lado a lado, desde sempre.