imagem retirada da internet
Ontem, notícia que ouvi na rádio.
Numa breve pesquisa pelo Google, Dia da Espiga, com conotação religiosa, que se comemora todos os anos, 40 dias depois da Páscoa, sempre a uma quinta-feira.
Uma palavra como espiga de milho, que me devolveu, ao pensamento, imagens e recordações, num contexto que em nada tem a ver com a comemoração do dia mas resultou em pensamentos ultra rápidos que vêm, nem percebemos como, mas depois se instalam.
E ontem senti saudades do meu avô Luís, o meu doce avô Luís.
Que as maçarocas de milho assadas no fogão, quando era pequena, era o avô que as trazia e trazia-as muitas vezes.
Adorava.
Hoje, vejo-as no supermercado, embaladas, mas não sou capaz de as comprar.
Não tenho bicos no fogão ou então, tenho medo de me esquecer de como as espigas de antigamente é que eram boas.
Medo de me esquecer de sabores e gentes de outros tempos.
Medo de me esquecer da sopa que a minha avó fazia e eu comia com uma pinguinha de vinho tinto ás escondidas da minha mãe, das papas de sarrabulho e das visitas à sua casa, todos os domingos depois da missa.
Quero lembrar-me sempre.
Nunca vou esquecer
o m e u avô L u í s , de olhos azuis, do seu boné e d o s e u olhar tão doce.H o m e m de p oucas palavras, reservado, muito calmo e de sorriso fácil.
. Caminhos
. Insónias
. Sunset
. Taxa de álcool no sangue!...