Maio é o mês de Maria. Hoje é o dia da mãe, da minha mãe Maria e de todas as mães. Um beijo, em jeito de homenagem.
Um afago e uma palavra, se não for capaz de dizer mais. A escolha da minha palavra em forma de dedicatória, não é difícil.
Que a amo, que a respeito, que me orgulho, sempre. Mas hoje escolho outra palavra.
Obrigada Mãe, por tudo.
Obrigada.
Hoje ganhei uma nova leitora, por certo não vai querer perder pitada do que por aqui se escreve, que afinal mãe é mãe, até mesmo no mundo virtual.
Estou mesmo convicta que é só tomar-lhe o gosto, que depois não pára. Força mãe, estou a gostar de ver!
A propósito, já respondi ao teu email. Está combinado o cafezinho de amanhã!
Confesso que por mais que evite pensar e tente de alguma forma afugentar da minha cabeça aquela notícia hedionda relacionada com a morte de Carlos Castro, não consigo, tanto mais que à medida que a investigação avança se tornam mais cruéis, os pormenores que encerram esta investigação.
Não conhecia pessoalmente o senhor e nunca tinha ouvido falar daquele miúdo.
É na mãe que mais penso, confesso, na mãe, na família e nos amigos.
Um acto, que de certa forma ceifou mais do que uma vida, porque naquela tarde não foi só o Carlos Castro que morreu.
A vida nem sempre termina com a morte e não conseguimos sequer conceber dor tamanha, que fardo de dor carrega, pejado de dúvidas e questões sem resposta.
Haverá dois lados de uma moeda, de um jogo viciado e corrompido que não conheço, nem tão pouco as regras do jogo me são familiares e não sei se alguma vez serão conhecidas e isto não é uma critica, que as há positivas e negativas, é uma constatação.
Uma mãe que ama, vive em constante sobressalto e inquietação.
Os dias de hoje, abundantes em facilitismos, de oportunidades abastadas, que nem sempre o são, mas nem sempre o sabemos, que a vida ás vezes é mesmo assim, um enigma.
Há lutas que se arrastam no tempo e outras que se travam apenas uma vez.
Oportunidades que mais parecem resoluções escancaradas diante dos nossos olhos, são tantas vezes areias movediças que nos podem engolir por completo, a menos que nos consigamos agarrar a alguém que nos ice com força e nos salve.
Dois lados de uma moeda.
A alta.
Depois de um fim de semana cheio de emoções, com visitas inesperadas, surpresas agradáveis, eis que finalmente, hoje vai dormir na sua cama.
As recomendações foram brutais, o rol de medicamentos é demasiado extenso, o controlo é tremendamente apertado e vai ter que se adaptar, por mais que lhe custe.
Alimentos quase proibidos, como o dióspiro, o kiwi e a alface, o preenchimento diário de tabelas com a temperatura, o peso, a tensão e o controlo estreito com a tomada variável da medicação de hipo coagulação oral, deixou-a abananada.
Cartas e relatórios e um documento que a deverá acompanhar, para onde quer que vá.
Apenas uma coisa a confortou, por entre um batalhão de indicações, o facto de ter que caminhar, por pouco que seja por dia, fê-la sorrir, que provavelmente estava com receio de ouvir algo como, repouso absoluto.
Sair de casa, passear de forma gradual, de forma a que lentamente comece a reagir.
A cereja no topo do bolo, para alguém que não consegue estar parada, pelo menos tem a indicação para subir e descer uns degraus, mesmo que um ou dois de cada vez, com ajuda e com uns momentos de descanso pelo meio.
Uma nova etapa, uma nova forma de encarar a vida, de renascer de novo.
O meu irmão preparou esta singela surpresa e deixou a minha mãe num pranto, que disse que este ano não ia comemorar o aniversário.
Impensável, claro, que turras, somos nós, ou não somos filhos da mesma mãe.
Depois do ultimato, que só lá vou a casa com os meninos, se houver festa, ela sorriu, por entre as lágrimas que não consegue conter.
Um almoço a quatro e porque o meu irmão trabalha até muito tarde e não vai poder estar presente na festa de mais logo, já lhe cantamos os parabéns.
Especialmente hoje, que devia de estar inspirada, faltam-me as palavras.
É tão simples o que sinto e é tão forte o meu desejo.
Hoje completa 61 anos de vida e só me ocorre uma palavra.
Saúde!
Que há-de ter novamente aquela genica que sempre a caracterizou.
Que toda a vida foi uma mulher de muito trabalho, não sabia o que era estar parada e era alérgica ao descanso.
Grad
ualmente foi mudando, com o passar dos anos , c o m o c r e s c i m e n t o d o s f i l h o com a chegada dos netos .A s prioridades da vida sofreram fortes restruturações.
Hoje
, não é mais um aniversário, não é , para nenhum de nós.É se
ntir que vais viver de novo.Para
béns minha querida!
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