
Quando corri pela primeira vez a S. Silvestre do Porto, o ano passado, não tive noção do que estava a acontecer, nem do impacto que iria ter depois. Entre o começar a correr, a inscrição e a prova propriamente dita, pouco reflecti e agi como que por impulso, acho eu. Nem sei se me lembro bem. Da partida, lembro o nervosismo e a emoção brutal que senti. Da chegada, lembro o cansaço e a satisfação. Daquela tarde ficou a vontade de querer continuar e repetir. Ainda eu não sabia que a minha grande paixão estaria ainda por se revelar, o trail! Hoje percorre-me o corpo, a vontade de fazer tudo acontecer outra vez. Amanhã não será uma estreia, mas volta a ser um marco na minha vida. Passou um ano, que se revelou intenso. A corrida, o convívio, as cãibras, os sacrificios, as gargalhadas, as dores, a frustração, o entusiasmo e a superação, ditaram tantos dos meus dias. Fortaleci a minha alma. O corpo apenas carregou a vontade de querer continuar.