Quarta-feira, 18 de Fevereiro de 2015
A maratona que se realizou no passado dia 15, em Austin, nos Estados Unidos, poderia ter sido só mais uma de tantas e passar despercebida, não fosse a forma como terminou para uma das atletas. A atleta que se posicionou em terceiro lugar, cortou a meta a gatinhar. Fiquei arrepiada quando vi o vídeo, senti mesmo que os meus olhos se encheram de água. Inigualável! Pelo que li, liderou praticamente toda a prova, mas a cerca de 2 quilómetros da meta começou a perder as forças. Hyvon Ngetich, que é como se chama, não desistiu e mesmo depois de cair de joelhos, continuou até à meta, a gatinhar. E já no chão, a arrastar-se voltou a perder as forçar e mais uma vez ergueu-se e continuou de gatas! Que espírito de sacrifício brutal. Recusou a cadeira de rodas que os paramédicos lhe trouxeram e ainda assim cortou a meta em terceiro lugar. Já recomposta disse, não se lembrar de nada do que aconteceu no último quilómetro. Muitos dirão que não vale a pena colocar o corpo em tamanho sofrimento! Muitos não compreenderão! Muitos acharão tudo isto um absurdo! Muitos acham que a saúde está acima de tudo e que se não fosse desta vez, seria para a próxima! Só ela sabe o que treinou, os sacrifícios que fez para ali chegar. Vejam o vídeo, apenas! Eu ainda estou arrepiada com as imagens e não teço opiniões. Tivéssemos todos nós, um pouco do seu espírito de perseverança e sacrifício. A meta, seja em que circunstância for, é muito mais do que o tempo marcado num cronometro. A meta é muito mais do que uma medalha. A meta é o resultado do trabalho árduo do dia a dia! A meta é o culminar de um objetivo. A meta é uma conquista pessoal e definitivamente, não é para qualquer um!