Segunda-feira, 9 de Fevereiro de 2015
Há situações difíceis com as quais uma mãe tem que lidar. E isso dos bebés, a cor dos cocós, a cor do vomitado, as febres e coisas que tal, que aliás já ficaram para trás, quase, que ainda esta semana foi quase preciso uma colher para tirar o vomitado da mais nova, encrostado num tapete. Mas adiante, é a adolescência que devia vir com instruções. Isso é que era. Era disso que eu agora precisava. Ter à mão uma balança da maior precisão possível, capaz de pesar palavras, como o sim e o não, que repetimos vezes sem conta, sem a certeza de que são as palavras certas naquele momento. Ter o arcaboiço para aguentar com as frustrações colossais de miúdos que acham que a vida não lhes dá nada e que o pouco que recebem, não merece qualquer tipo de agradecimento, que afinal tudo lhes é devido. Não basta o exemplo, não chega a educação, ou será que a longo prazo, chega o reconhecimento. No fundo acho que sim, que efetivamente o exemplo dos pais é o caminho. Mas quantos se desviam? Quem não conhece casos assim? Tantas dúvidas de uma mãe de primeira viagem de um filho adolescente, que ás vezes mais parece que anda à deriva, cego pelos jogos e fartinho das nossas negas e negociações. De lágrima grossa pronta a cair.