Dizem que a esperança é a ultima a morrer, mas confesso que já tinha perdido a minha. Ao longo dos últimos 15 anos, experimentei das mais diversas formas e feitios esta sobremesa que adoro! Tanto opinaram e eu fiz o que me disseram. Tudo! Experimentei de tudo. Mezinhas e forno entre aberto e banho maria e o pino e o diabo a quatro. Foram para o lixo, dúzias e dúzias de ovos, já para não falar do açúcar e do caramelo. Já tinha dito a mim mesma que não voltava a repetir. Ontem cedi. E que nervosa estava. Uns diante da televisão a ver o Porto Sporting e eu de olhos postos no forno. E cresceu, cresceu e não abateu como das outras 750 vezes. Eu estava inchada de tanto orgulho. E nervosa! Tão nervosa! Mas não cabia em mim de contente! Super saboroso, apesar do aspeto duvidoso. Não ficou sola de sapato. Ficou comestível. O meu PRI MEI RO molotoff. Agora não paro mais. Se desta vez ficou bem, não há porque não tentar de novo. Mas ninguém é capaz de imaginar os ovos que eu estraguei. Se vocês soubessem! Eu sei! Já tinha dado como uma causa perdida!!! Que a esperança não se perca, que os bons pratos também têm uma boa dose de perseverança e teimosia! Digo eu!