Domingo, 14 de Setembro de 2014
No domingo passado por esta hora, já eu estava a chegar ao freixo, para treinar. Chuva torrencial, com treino bom, que eu adoro correr com chuva. Hoje voltei a acordar antes do despertador e tenho o estômago embrulhado. Aliás, ontem andei todo o dia assim. Fico tão nervosa, que não consigo explicar. A excitação até se compreende, mas o nervosismo era escusado. Para mim as provas, são quase como treinos. Mas existe sempre aquela pontinha de competição, apenas comigo. Posso sempre melhorar o tempo da prova anterior. Digo-me a mim mesma. Mas não é isso, é ter receio de me sentir mal, não saber o que fazer e ser a última. Penso muitas vezes nisso. E não gostava de chegar em último. E não, não sou gananciosa, e não tenho mau perder. Na corrida é assim mesmo, há vencedores, somos todos, não tem que haver vencidos, e falo a nível de amadorismo apenas, que é o meu caso, mas ser enxutada pelo carro vassoura, não me apetecia nada.... só isso! Depois no dia, há sempre um percalço qualquer, dói isto ou aquilo. E a vontade de ir à casa de banho 564 vezes antes? E não ter nenhuma por perto? E os alfinetes? E o protetor solar? E o pequeno almoço especial? E? E? E? E se nos atrasamos. E se... mais não sei o quê?? A ansiedade da partida. Esse bicho papão! No fim costuma ser sempre bom. O relaxe total. A satisfação. A felicidade! Muitas vezes, penoso, mas bom, tão bom terminar. E quem me compreende, decerto já correu.