Terça-feira, 29 de Dezembro de 2015
O Santo Silvestre é bastante aclamado por estes dias. As provas com o seu nome são mais que as mães, e quem tem genica e tempo, corre-as todas.
Sinceramente não acho grande piada, escolho a que me toca ao coração e a carteira também agradeça, pois está claro.
Pelo terceiro ano consecutivo participei na São Silvestre do Porto e mais uma vez, foi uma corrida muito especial, aliás a mais especial de todas.
Em 2013 estreei-me nesta coisa das provas, a primeiríssima de todas foi a Corrida de S. Silvestre. Mal eu sabia que depois dessa, muitas mais viriam.
O ano passado voltou a ser especial, afinal a correr há um ano e ainda não tinha desistido e ainda melhorei o tempo. Boa!
Este ano, Santo Deus, foi melhor ainda.
Muito melhor.
A vida tem-me surpreendido tanto e dado coisas tão boas quee agora sou apelidada lá em casa, de chorona.
E gozam
e gozam
-Esperem que a mãe já vai começar a chorar outra vez!!!!!
Pois é, não são só as tristezas que me fazem chorar, tudo me faz chorar, é verdade e não, não estou grávida, mas tenho tudo e tudo à flor da pele.
No Domingo, o meu filho fez a prova comigo. Corremos juntos, os dez quilómetros. Acompanhei-o sempre com o coração nas mãos para que ele se sentisse capaz de terminar.
E vibrou e terminou e eu
chorei.
Ter os amigos na meta e o pai a torcer por nós, era de esperar o quê?
Terminarmos de mãos dadas, às páginas tantas agarrou na minha mão e nos últimos metros puxou por mim!
Deu nisto, choradeira e um orgulho tão grande que não cabe num coração pequeno como o meu.
A vida prega partidas, mas tem-me dado momentos de felicidade pura.
Sempre fui muito chorona, muito emotiva, mas agora sou bem mais. E são realmente as coisas pequeninas que dão o verdadeiro significado a isto a que chamam de vida. É que eu também me questiono muito e há tanta coisinha que eu não entendo, mas acredito que vêm com um propósito.