O melhor destas idas a Tomar, é poder reencontrar os amigos e estes quatro quando se reencontram, divertem-se muito.
O tempo não chega para tanta brincadeira. E hoje até o tempo ajudou, apesar do vento frio.
Poderam brincar na rua, como tanto gostam.
E como todos os dias é dia de alguma coisa, diz que ontem foi o dia das amigas. E pensei sobre o assunto, sobre as amigas que deixaram de estar presentes. Das amigas que a distancia levou e das novas amigas que 2011 me trouxe. E o rol de amigas é pequeno, mas tenho amigas pelas quais sinto um carinho muito especial e que apesar da distancia e até mesmo do afastamento, estão sempre prontas a ouvir-me. E disso não tenho duvidas. Diria mais, que se ontem tinha sabido que era o dia das amigas, a palavra que me viria à cabeça, seria mesmo saudades da companhia delas. Das gargalhadas, dos brindes e até do mau feitio, porque há amizades com muita essência.
As desculpas e a falta de tempo levam vantagem quando se trata de rever os amigos. E digo rever, que com um pouco de sorte, é o que resta de encontros que foram felizes no passado. O tempo ou a falta dele tem sempre desculpa e nunca é contrariado e entretanto o tempo passa, a vida caminha a passos largos sabe-se lá para onde e os amigos distanciam-se cada vez mais. Hoje padeço deste mal, reconheço. Que sou a primeira a apontar o dedo à falta de tempo e as desculpas desdobram-se em pedaços soltos de lembranças do passado. E os amigos acabam por fazer parte dele, desse tempo que nos deu tantas alegrias e gargalhadas rasgadas e parece que nos esquecemos depressa desses momentos. E lamentar não chega.
Há tantas coisas que nos vão lembrando o Natal, mesmo para os mais esquecidos, ou os que insistem em não fazer parte dele, pelo menos de todo um conjunto de coisas que o antecede. E por aqui houve o primeiro jantar de Natal, que surgiu com um outro propósito mas dada a proximidade de datas, acabou por ser um três em um. Um jantar de despedida, de aniversario com troca de prendinhas de Natal. E tínhamos a sala em peso a olhar para a nossa mesa, dado que a aniversariante era só uma mas cada de um nós teve direito a presente. Já se sabe que os presentes nestas alturas, são de uma variedade imensa, desde os simples chocolates, até à mais não sei o quê, que não lembra ao diabo. E sejam ou não coisas coisas com utilidade, acabam sempre por nos fazer sorrir e corar, quando a malícia se expõe num boneco que segura uma caneta pelo rabo, ou com um baralho de cartas cheio de homenzinhos e mulherzinhas em posição de sexo, atrevidas. Gosto destes convívios e há muito que não os tinha. As gargalhadas e a boa disposição imperaram e a alegria do Natal sentou-se ao nosso lado. A crise ficou fechada na rua, do lado de fora do restaurante e dela nem tão pouco se falou, que afinal há muitas outras coisas para alem dela e tristezas não pagam dividas. Pelo menos não foi ainda uma medida anunciada pela Troika.
Hoje. Então que se levantem todos os braços. Que se ergam todos os copos. Que o brinde à amizade seja genuíno e caloroso. Com muita essência. Aos meus amigos, principalmente aos que têm mau vinho!
Cinzentos ou alegres e tantos outros, que nos enchem as medidas.
O de hoje foi mais ou menos assim, que reencontrar uma amiga do peito é sempre bom. Daqueles amigos que infelizmente vemos cada vez menos, mas o lugar que ocupam no coração é sempre o mesmo.
Daquelas amizades que ficam, que a distancia não apaga, nem deixa arrefecer.
E seria tão bom que cada um de nós pudesse ter pelo menos um amigo assim e é tão bom quando assim é.
Eu tenho uma amiga assim.
Sentimos a alma lavada, sentimos cá dentro do peito uma leveza inexplicável.
Sem amor é impossível viver e eu amo muito, amo tanto, mas a amizade verdadeira de alguém, a quem podemos chamar amigo, é sentir que temos um tesouro dentro de nós.
É muito bom ter-te como amiga.
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