É única palavra que me ocorre, quando penso nesta semana que terminou. A primeira semana de escola. A mais nova integrou-se e gostou do professor. Com o mais velho, as coisas foram um bocado diferentes, não tanto pela adaptação à nova escola mas pelo ensino articulado. Logo no inicio da semana só me ocorreu desistir. Tinha sido muito mais fácil mandar tudo para as urtigas e baixar os braços. Se a criancinha um dia mais tarde quisesse aprender, depois se via, mais tarde, não agora. A articulação entre pais, academia e escola tem sido nula, desde o inicio. Há muitas duvidas ainda no ar e ninguém que se digne a ameniza-las. Ora, este é o nosso país, o nosso ensino, a educação que nos querem fazer chegar. O ensino gratuito não dá direito a reclamar, pensam eles! O tanas, digo eu! É gratuito, o que é que estes pais querem mais, pensam eles! É preciso contrariar a maré. Por isso baixar os braços também não é solução. Desisti de desistir e nestes entretantos vamos aprendendo coisas novas e relembrando antigas. Vamo-nos apercebendo das coisas que os nossos filhos gostam quando não intervimos com os nossos riquíssimos palpites. Entre Coro e Orff, preferiu o coro. Adorou os exercícios que desenvolveu nas duas aulas e escolheu o Coro. Quando ouvi pela primeira vez a palavra, escrevi-a no caderno de apontamentos, para pesquisar. Orfe não me levava a lado nenhum, que a palavra afinal estava mal escrita, mas agora sei que os instrumentos Orff são conhecidos como os instrumentos de percussão. Que significa bater. São os instrumentos em que se bate com a mão, com baquetas ou com o próprio corpo. Ele preferiu ser menino do coro. Ele está a gostar, vale o esforço, mas os pais quase desesperaram.
Nunca o tinhamos sentido com grande apetência para a música. Nunca deixou transparecer a sede de aprendizagem por um qualquer instrumento musical e o facto de o termos inscrito no ensino articulado, deixou-o apreensivo. A primeira reacção foi mesmo negativa. Trabalhamos com ele esta ideia e ele acatou. Hoje participou numa audição que reuniu um grande grupo de meninos e meninas, que na sua maior parte, experimentou pela primeira vez o contacto e a aproximação à maior parte dos instrumentos musicais.
Experimentaram, tocaram, cantaram, sentiram e deram vida à música através das mãos, do toque e da voz. Divididos por salas e mais salas, foram convidados a entrar e a travar conhecimento com cada um dos instrumentos, que lhes era apresentado. Na próxima quarta feira saberemos a opinião dos professores, mas fiquei encantada com a reacção dele. Estava felicíssimo! Diz que se apaixonou pelo trompete! Pelo trompete, imagine-se! Adorou a experiência e está ansioso pela próxima audição. E é bom quando existem estas oportunidades que lhes permitem alargar horizontes e aumentar o nível de conhecimento. Gostei da atitude, da certeza, da lucidez das palavras e do sorriso franco, que esta tarde lhe proporcionou. Diz que apesar de tudo, aprendeu muitas coisas novas e que os instrumentos são uma companhia e algo de muito bom.