Esta rua mereceu especial atenção. Diferente do habitual, com flores gigantes, saídas de um conto de fadas. Mais parecia o bosque do país das Maravilhas. Uma rua bastante animada, tal era a diversão e a musicalidade que saia das casas. Convidada a um pezinho de dança e muitos não resistiam, mesmo!
Bem, isto hoje não está fácil. Acordar, foi um suplício e nem o telemóvel hoje ouvi, coisa que nunca acontece, ou mesmo muito, muito raramente.
Quase que só um guindaste nos arrastava da cama hoje, logo hoje que tivemos que acordar ainda mais cedinho que o habitual, que a mais nova começou a semana de praia. Não sei se o sol vai aparecer, ou vai continuar envergonhado por mais uns dias, de qualquer forma acredito que a brincadeira não há-de faltar mas logo é preciso deitar muito cedinho. As crianças nem tanto, mas nós, os adultos devemos muitas horinhas à cama.
Já sei que "quem corre por gosto não cansa", mas "quem vai à festa, três dias não presta" e eu estou assim, cansada, tão cansada e não levei nenhum tabuleiro à cabeça! Mas vadiar também cansa, ou não?
Diz que a inauguração das ruas iniciou pelas oito horas da noite, mas já depois das dez e meia ainda algumas não tinham a fita cortada.
Depois de uma chuva chata que nos acompanhou em viagem quase até Tomar, a noite aqui na cidade esteve serena e muito convidativa. Rios de gente que tomaram o mesmo caminho e desceram em direcção ao centro da cidade. Grupos que se foram amontoando nas suas ruas, aquelas que enfeitaram e os curiosos que apareceram, para de boca aberta contemplar tanta luz e cor na noite fechada.
Senti-me feliz e orgulhosa, que embora cada vez mais afastada fisicamente, trago Tomar no coração. A cidade que me recebeu de braços abertos e me deu tantos momentos de alegria e a oportunidade de viver momentos únicos. Anos de descoberta e paixão.
As ruas estão lindas, claro que umas mais aprimoradas do que outras, umas mais trabalhadas do que outras e aquelas ruas feitas de calçada portuguesa, de casas velhas e centenárias por estas noites vestem-se de história e comoção. As mãos que deram vida a milhares e milhares de flores de papel, trabalharam arduamente, durante meses e meses. A azafama tomou conta destas vidas nos últimos tempos e o espírito da festa mantém-se. A cascata não estava lá, volvidos 8 anos, montaram no mesmo lugar um cisne, mas a cor, as varandas enfeitadas a preceito, as melhores colchas caídas sobre as janelas e o orgulho de quem ama a sua cidade mantém-se completamente aceso!
As fotos ficam para mais tarde, infelizmente foram tiradas com o telemóvel que a minha máquina morreu e a qualidade portanto, não é a mesma. A memória dos últimos 12 anos não me atraiçoou e estão bem presentes momentos únicos passados naquelas ruas de Tomar. Até a música daqueles tempos, foi a mesma, que o Moisés, dos Quinta do Bill, deu voz à noite de ontem. Um serão fantástico!
É já este fim de semana. E valem realmente a pena aquelas horas de espera debaixo de um calor imenso, no meio de um mar de gente, para ver e apreciar tanta beleza.
Lembro-me bem da última festa a que assisti, já lá vão oito anos, com o meu filhote pequenito, foram precisos grandes malabarismos para fazer circular o carrinho de bebé. Dissemos mal da nossa vida e tal, que era a última vez e que era impossível respirar, quanto mais circular.
Mas se me perguntarem se aconselho, digo logo que sim, que vale mesmo a pena e a não perder a visita nocturna pelas ruas, completamente enfeitadas de flores, tudo trabalho manual.
Este ano dispenso a romaria da tarde de domingo, muito fatigante para quem tem crianças, mas estou anciosa por contemplar os tapetes de flores que cobrem as ruas da parte velha da cidade.
Se poderem apareçam, visitem a cidade templária e deliciem-se com a gastrononia e a beleza do castelo.
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